Kassab: "Por conta de sua dimensão continental, o Brasil não tem ainda hoje condições de levar banda larga a todos os cantos do país" (José Cruz/ABr/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 10 de maio de 2017 às 21h43.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse hoje (10) que o satélite geoestacionário brasileiro lançado na semana passada vai levar internet rápida para todo o país, garantindo o acesso à banda larga em áreas como saúde e educação.
"Hoje a banda larga é fundamental na vida de qualquer cidadão e para a economia de um país. Por conta de sua dimensão continental, o Brasil não tem ainda hoje condições de levar banda larga a todos os cantos do país", disse o ministro, em entrevista à Voz do Brasil.
Segundo o ministro, na área da saúde, o satélite vai permitir que hospitais e postos de saúde em locais mais afastados possam ter acesso à internet, permitindo o intercâmbio de informações entre os profissionais.
"Os médicos vão poder conversar com os outros equipamentos públicos de todo o Brasil. Da mesma maneira na educação, já temos identificadas 7 mil escolas que poderão receber banda larga desse satélite", disse.
Outra vantagem, segundo o ministro, é que o equipamento será totalmente comandado pelo Brasil.
"Nós temos diversos satélites atuando no Brasil, mas eles são de multinacionais, de outros países".
O projeto é uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e envolve investimentos de R$ 2,7 bilhões.
Para o ministro, esse custo não é barato, mas deve ser considerado um investimento.
"Vale a pena porque qualquer brasileiro vai ter condições de receber a sua internet", disse.
Parte da capacidade do satélite será alugada para empresas privadas para oferta de banda larga, especialmente em regiões remotas.
A Telebras vai ficar com a capacidade necessária para oferecer serviços nos setores de saúde e educação, e comercializar outra parte para gerar concorrência na oferta de internet.