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São Paulo terá internação obrigatória de usuários de crack

A internação começará no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas, que será criado para cados de emergência


	Geraldo Alckmin: "Estamos avançando; essa é uma tarefa permanente", afirmou o governador de São Paulo
 (Marcelo Camargo/ABr)

Geraldo Alckmin: "Estamos avançando; essa é uma tarefa permanente", afirmou o governador de São Paulo (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 17h07.

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou hoje (3) que vai implantar a internação involuntária de dependentes químicos. A ação deverá ser feita em parceria com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A internação começará no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas, que será criado para cados de emergência. Após ser atendido pelo serviço de saúde, o dependente químico será avaliado por médicos que oferecerão tratamento.

Caso o paciente recuse o auxílio, um juiz poderá determinar a internação compulsória depois de a equipe médica atestar que o usuário perdeu o domínio sobre sua saúde e condição física. O governo estadual informa que a internação involuntária será aplicada em conjunto com a família.

"Estamos avançando; essa é uma tarefa permanente. Temos consciência do problema, que já melhorou muito. Estamos reduzindo o número [de dependentes nas ruas] e vamos continuar, de um lado com as equipes de abordagem e de outro a internação, agora com juiz, promotor e advogados para os casos mais graves", ressaltou Alckmin.

O anúncio ocorre um ano após o início da operação policial na região conhecida como Cracolândia. No início de janeiro de 2012, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana passaram a atuar ostensivamente contra os usuários e traficantes de crack que se aglomeram no entorno da Estação da Luz.

O Ministério Público de São Paulo (MP) considerou a operação inútil, pois o uso e tráfico de crack permanece na região. Entrou com uma ação civil pública contra o governo paulista pedindo indenização de R$ 40 milhões por danos morais individuais e coletivos. O MP acredita que ocorreram violações de direitos humanos na remoção violenta dos usuários.

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