Ônibus elétrico em SP: mudança deve contribuir com a redução das emissões de CO2 na capital paulista (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Repórter da Home
Publicado em 19 de outubro de 2023 às 18h49.
Última atualização em 19 de outubro de 2023 às 18h50.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta quinta-feira, 19, financiamento de R$ 2,5 bilhões para a aquisição de ônibus elétricos pela cidade de São Paulo.
Com esse valor, poderão ser comprados entre 1.000 e 1.300 ônibus movidos exclusivamente a bateria. A quantidade pode viabilizar a substituição de 10% da frota atual da capital, de 13.000 veículos. A expectativa dessa iniciativa é evitar a emissão de aproximadamente 63.000 toneladas de CO2 equivalente/ano na atmosfera da cidade.
“O ônibus elétrico sequestra carbono, retira ruídos, além disso terá wi-fi e refrigeração, trazendo as pessoas para andar com mais prazer no transporte coletivo”, explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
E acrescentou: “Estamos seguramente fazendo história, inaugurando esse novo capítulo do transporte público elétrico, ecológico e sustentável”.
O investimento total da operação será de R$ 8 bilhões, sendo que R$ 6 bilhões serão recursos da prefeitura e R$ 2 bilhões das concessionárias que operam o transporte público por ônibus na cidade.
O valor investido na compra dos ônibus elétricos é superior ao equivalente a diesel, aproximadamente 3,5 vezes maior. Por esse motivo, a prefeitura passou a introduzir veículos eletrificados na frota, cobrindo parte desse investimento, por meio de reequilíbrios econômico-financeiros dos contratos de concessão.
O município vai arcar com a diferença entre o custo do elétrico e o diesel, valor que será financiado pelo BNDES. A expectativa é que os ganhos com a eletrificação resultem em menores valores de subsídios pagos no longo prazo, pois o ônibus eletrificado tem baixo custo médio mensal de operação e manutenção em comparação com o veículo a diesel.
Segundo o BNDES, essa mudança foi formalizada em junho de 2023, para estimular a descarbonização e a adaptação de São Paulo e outras cidades às mudanças climáticas. Além de impulsionar a indústria nacional, de modo que a cadeia produtiva passassem a contar com a tecnologia dos ônibus elétricos alimentados exclusivamente por baterias.