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São Paulo não avalia relaxar quarentena por coronavírus, afirma Doria

Governador afirmou que o estado ainda não atingiu o pico da covid-19 e que abril será, provavelmente, o pior mês da pandemia, com muitas mortes

João Doria: governador de São Paulo afirmou que o estado passará pelo período mais crítico da pandemia neste mês (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

João Doria: governador de São Paulo afirmou que o estado passará pelo período mais crítico da pandemia neste mês (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

BC

Beatriz Correia

Publicado em 9 de abril de 2020 às 14h32.

Última atualização em 9 de abril de 2020 às 14h33.

O governo de São Paulo não avalia, neste momento, a possibilidade de relaxar a quarentena no Estado ou então abrandar outras medidas restritivas impostas por conta da pandemia do novo coronavírus, esclareceu o governador João Doria (PSDB), em entrevista coletiva dada nesta quinta-feira, 9.

Segundo ele, cogitar a retomada gradual da atividade econômica não faz sentido pois São Paulo ainda não atingiu o pico da pandemia.

"Precisamos ser sinceros e claros à opinião pública de São Paulo: estamos vivendo o pior mês da pandemia, que vai, infelizmente, atingir milhares de pessoas e produzir muitos óbitos", disse o governador.

O coordenador do Centro de Contingência do Estado contra a Covid-19, David Uip, reiterou a posição de Doria ao afirmar que o órgão que dirige "não discutiu esse assunto por não achar oportuno nem pertinente" para o momento.

Doria disse que a única ajuda financeira que recebeu do governo federal para o combate à pandemia do novo coronavírus foram os recursos prometidos pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante sua visita no mês passado. Segundo Doria, "nenhum outro recurso de nenhuma outra natureza chegou a São Paulo. Zero."

No dia 13 de março, em reunião com o ministro, Doria havia confirmado o recebimento de R$ 92 milhões da União para ajudar no combate à pandemia.

Máscaras para comunidades

O governador anunciou ainda a produção e distribuição de 2 milhões de máscaras em comunidades carentes da cidade de São Paulo como medida profilática contra o coronavírus. Segundo o governador, a confecção será feita na Escola Técnica Estadual (Etec) de Heliópolis por 740 costureiras e a remuneração por peça será de R$ 2 e pode chegar a ganho de R$ 80 por dia.

O prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), anunciou programa semelhante chamado "Costurando pela Vida" para a produção de 1 milhão de máscaras, 500 mil protetores faciais e 500 mil aventais. De acordo com Covas, o programa tem um investimento de R$ 2 milhões e terá a contratação de mil costureiras pelo prazo de dois meses. O início da distribuição está previsto para começar a partir do dia 20 de abril.

Covas anunciou também que será lançado edital para outro programa "Cozinhando pela Vida", com valor de investimento de R$ 2,7 milhões. De acordo com o prefeito, o valor será usado para a contratação de 300 cozinheiras nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) para a produção de 3 mil refeições por dia. "Ajudamos a população que mais precisa e que é mais afetada e são programas de transferência de renda, em especial, para as mulheres", disse Covas.

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