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São Paulo já tem seis mortes confirmadas por febre amarela

De acordo com a secretaria de saúde do estado, há 17 casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela silvestre

Febre amarela: dois casos são autóctones e ocorreram nos municípios de Batatais e Américo Brasiliense, no interior (André Borges/Agência Brasília/Divulgação)

Febre amarela: dois casos são autóctones e ocorreram nos municípios de Batatais e Américo Brasiliense, no interior (André Borges/Agência Brasília/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 15h32.

São Paulo - O estado de São Paulo tem seis mortes confirmadas em decorrência da febre amarela. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde, dois casos são autóctones e ocorreram nos municípios de Batatais e Américo Brasiliense, no interior. Os outros quatro casos são importados, ou seja, as infecções ocorreram fora do estado, todas em Minas Gerais.

Os números foram apresentados durante encontro estadual sobre Arboviroses, com a participação de prefeitos e secretários municipais da saúde de todos os municípios do estado, na capital paulista.

De acordo com a secretaria, há 17 casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela silvestre. Dessas, quatro são do interior do estado e as demais de Minas Gerais, Pará e Amazonas.

No ano passado, foram confirmados duas mortes: uma em Bady Bassit e outra em Ribeirão Preto.

O objetivo da reunião foi o de reforçar e aprimorar estratégias de prevenção e enfrentamento à dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Foram discutidas ainda ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor dessas doenças.

Segundos os dados, o número de casos de dengue caiu 76,3% em 2016, em comparação com o ano anterior. No ano passado foram confirmados 162.053 casos da doença no estado.

Em 2015, o número total de casos foi de 684.360. O número de mortes passou de 488 em 2015 para 97 em 2016, o que representa uma queda de 80%. Na primeira quinzena de 2017, foram confirmados 23 casos e não houve mortes.

No caso da chikungunya foi confirmado um caso autóctone neste ano, enquanto em 2016 foram 1.084, entre autóctones e importados. Não há nenhum caso de vírus Zika registrado em 2017 e foram registrados 4.086 casos da doença em 2016.

"Contamos com duas situações diferentes. Uma é a febre amarela para a qual temos uma vacina competente, mas que tem efeitos adversos e tem que ser muito bem pesado a quem aplicar a vacina. Para as outras três arboviroses não temos vacina. A vacina que estamos testando está indo muito bem já com quase 5 mil voluntários vacinados. Essa reunião foi fundamental para mostrar que não podemos arredar os esforços no embate contra o Aedes", disse o secretário estadual de Saúde, David Uip.

De acordo com Uip, além dos quatro arbovírus a nova preocupação do governo estadual é com a gripe aviária. "O Zika eu continuo achando que é um temporal que vai passar, mas ele preocupa muito porque atinge a mulher e o recém-nascido e transforma o doente em crônico. A febre amarela, conhecemos há anos e não temos febre amarela urbana desde 1942. Com relação à febre amarela silvestre pedimos mais doses da vacina para São Paulo, e vigiamos o macaco".

Segundo Uip, a vacina contra a febre amarela é totalmente segura e devem ser vacinadas as pessoas que residem em municípios próximos às matas ou que vão para áreas endêmicas ou epidêmicas.

É preciso ainda ter cuidado e evitar a vacina em pessoas acima de 60 anos ou abaixo de nove meses, grávidas e pacientes com baixa imunidade.

O secretário de Saúde reforçou ainda que as principais estratégias são manter os agentes sanitários voluntários, ampliar as parcerias com as instituições públicas e privadas, escolas e igrejas, capilarizando o que é preciso fazer para a prevenção.

"Estamos recomendando claramente quem deve ser vacinado. Conclamamos os prefeitos que chamem essas pessoas que moram em áreas de mata a tomarem a vacina."

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