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Um em cada três testes em São Paulo deu positivo para covid-19

O estado, que tem 529.006 casos confirmados da doença, já realizou mais de 1,78 milhão de testes para identificar a presença do coronavírus

Testes coronavírus (Luis Alvarenga/Getty Images)

Testes coronavírus (Luis Alvarenga/Getty Images)

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Clara Cerioni

Publicado em 30 de julho de 2020 às 14h07.

Última atualização em 30 de julho de 2020 às 16h41.

O estado de São Paulo já realizou mais de 1,78 milhão de testes para identificar a presença do coronavírus. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Centro de Contingência da covid-19. 

De acordo com o coordenador do comitê de saúde, Paulo Menezes, no começo da pandemia, em março, o estado realizava uma média de 900 testes por dia. Atualmente esta capacidade está em 21.000.

Do total, a maior parte, 60%, foi do tipo RT-PCR que identifica a presença do vírus ainda ativo dentro do organismo. O teste chamado rápido, que indica se a pessoa já teve a doença, foi o método usado em 27% dos casos. E em 13%, foram utilizados outros tipos de testagem.

"Nós temos uma proporção de positividade de aproximadamente 1 a cada 3 testes realizados, do tipo RT-PCR, e 1 a cada 4, do teste rápido", disse Paulo Menezes em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

O estado tem um total 22.710 mortes e 529.006 casos confirmados da covid-19, o que dá uma taxa de positividade de 30%.

Vale lembrar que apenas pessoas com sintomas e que precisaram de atendimento hospitalar é que entram nesta conta de testagem. O estado já realizou, de forma experimental, o teste em 70 mil policiais militares e familiares. Nesta amostra, o resultado foi positivo em 20% do total.

Ministério da Saúde tem 9,85 milhões de testes parados

Ministério da Saúde ainda guarda em seus estoques 9,85 milhões de testes, segundo documentos internos da pasta aos quais o Estadão teve acesso.

O número é quase o dobro dos cerca de 5 milhões de unidades entregues até agora pelo governo federal aos estados e municípios. O exame encalhado é do tipo RT-PCR, considerado "padrão-ouro" para diagnóstico da doença.

O principal motivo para os testes ficarem parados nas prateleiras do ministério é a falta de insumos usados em laboratório para processar amostras de pacientes. Isso porque, segundo informam secretários de saúde, não adianta só enviar o exame, também é preciso distribuir reagentes específicos.

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