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São Paulo é o estado mais inovador do Brasil; veja ranking

O índice é calculado com base em 12 indicadores separados por "capacidades", nome que os pesquisadores deram ao potencial de inovação do estado, e "resultados", o quanto a unidade da federação é realmente inovadora

Ranking de inovação: São Paulo segue no topo nos últimos cinco anos (Leandro Fonseca/Exame)

Ranking de inovação: São Paulo segue no topo nos últimos cinco anos (Leandro Fonseca/Exame)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 09h36.

Última atualização em 30 de novembro de 2023 às 09h39.

O estado de São Paulo lidera, por mais um ano, o ranking de estados mais inovadores do Brasil. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, em segundo e terceiro, respectivamente, completam o pódio. Os dados são do Índice FIEC (Federação das Indústrias do Estado do Ceará) de inovação dos estados, divulgados nesta quinta-feira, 30.

O índice é calculado com base em 12 indicadores separados por "capacidades", nome que os pesquisadores deram ao potencial de inovação do estado, e "resultados", o quanto a unidade da federação é realmente inovadora.

"São Paulo está em primeiro lugar tanto em capacidade quanto em resultados, o que sugere que o estado está em equidade entre o seu potencial e o seu desempenho", diz David Guimarães, especialista em Inteligência Competitiva do observatório do Ceará. Os únicos indicadores em que São Paulo não ficou em primeiro foram: inserção de mestres e doutores, instituições e intensidade tecnológica e criativa.

Na comparação com o índice de 2022, as três primeiras posições se mantiveram inalteradas. A mudança ocorreu na quarta colocação, quando neste ano Minas Gerais assumiu o lugar de Santa Catarina, que caiu para a quinta posição.

"O resultado demonstra a concentração da inovação no Sul e Sudeste, mas é importante mencionar que o Nordeste ultrapassou o Centro-Oeste, o que mostra um fortalecimento regional recente", disse Eduardo Mendonça, especialista em Inteligência Competitiva do observatório do Ceará

Entre os estados que mais avançaram estão o Rio Grande do Norte e Acre, que subiram duas posições e passaram a ocupar as 11ª e 24ª colocações, respectivamente. Minas Gerais, Distrito Federal, Ceará, Goiás, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins subiram cada um uma posição no ranking.

Nas últimas posições estão Amapá (27ª), Roraima (26ª) e Alagoas (25ª). Segundo o relatório do índice, o resultado demonstra uma discrepância regional no ecossistema de inovação do Brasil. Entre os estados que mais caíram estão a Bahia e Roraima, que caíram três posições, seguidos por Espírito Santo e Mato Grosso com perda de duas posições cada. Por fim, Pará e Santa Catarina perderam uma posição cada. Os demais estados mantiveram seus postos, assim como as regiões também não alteraram seu ranking na comparação entre 2022 e 2023.

Neste ano, o Brasil ganhou cinco posições e voltou a figurar entre as 50 economias mais inovadoras do mundo após 12 anos, segundo dados do Índice Global de Inovação (IGI). O país ocupa a 49ª posição entre 132 países. Com o resultado do levantamento de 2023, o Brasil ultrapassou o Chile e lidera entre os países da América Latina. Os dados apontam que os pesquisadores brasileiros conseguiram inovar mais, mesmo com menos condições em relação ao ano anterior.

Comparativo entre os últimos cinco anos

Quando observado os últimos cinco anos do ranking, os estados que mais avançaram foram Espírito Santos, que subiu quatro posições, Minas Gerais e Paraíba, com duas posições cada. Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Acre e Roraima, que avançaram uma posição cada.

Já os estados que mais decaíram no ranking na comparação de 2019-2023 foram: Bahia e Goiás, com menos três posições cada; Piauí e Alagoas, com menos duas; Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Pará, Amazonas e Amapá, com uma posição cada. Os demais estados mantiveram suas colocações. Em termos regionais, o Centro-Oeste perdeu uma posição e o Nordeste ganhou uma, invertendo suas colocações nos últimos cinco anos.

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