Retomada das aulas foi gradual. Uso de máscara ainda é obrigatório. (Amanda Perobelli/Reuters)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 9 de novembro de 2021 às 17h16.
Última atualização em 11 de novembro de 2021 às 11h32.
Com quase 9 milhões de pessoas totalmente vacinadas contra a covid-19 (o que equivale a mais de 72% da população), a vida volta quase ao normal na cidade de São Paulo, ainda que com o uso obrigatório de máscara. Desde o último dia 25 de outubro, não há mais a necessidade de distanciamento mínimo entre os estudantes e as aulas presenciais voltaram a ser obrigatórias no município.
O ritmo acelerado de vacinação contribuiu para que São Paulo ficasse em primeiro lugar no ranking Melhores Cidades para Fazer Negócios, no setor de educação. O posto já tinha sido alcançado em 2020. Em segundo lugar ficou a cidade do Rio de Janeiro, e em terceiro lugar a capital do Paraná, Curitiba. A lista contempla 100 cidades.
Elaborado anualmente pela consultoria Urban Systems, com exclusividade para EXAME, o ranking é feito em em seis segmentos econômicos: educação, comércio, serviços, indústria, mercado imobiliário e agropecuária.
Para chegar à lista de educação, foram analisados 12 indicadores, entre eles, crescimento no número de matrículas e saldo de empregos no setor, nas cidades com mais de 100 mil habitantes.
Em 2021, a consultoria também avaliou o ritmo de vacinação e taxa de letalidade da covid-19 em cada um dos municípios, no dia 15 de outubro, para uma fotografia de comparação.
São Paulo é a segunda capital em que a imunização contra o coronavírus mais avançou - só atrás de Vitória, no Espírito Santo - e isso fez a diferença na retomada gradual das atividades escolares, onde está a maior parcela de matrículas do Brasil.
Na educação básica, 5,7% dos alunos de todo o país – 47,3 milhões – estão na capital paulista. Já na educação superior, a cidade tem 10,71% de todos os matriculados – o país tem 8,6 milhões.
“Nosso orçamento para a educação está em torno de 13 bilhões anuais e vem crescendo. Estamos muito próximos de 100% do retorno presencial na rede municipal. A Secretaria da Educação fez um estudo que mostrou que 30% dos alunos não fizeram atividades escolares ou quase nenhuma no começo da pandemia, o que deu um indicativo de evasão escolar, mas a prefeitura agiu para entrar em contato com o aluno e prevenir”, diz o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
O saldo de empregos na educação, em 2021, é positivo, com 9.401 empregos a mais do que no início do ano – janeiro a agosto. Em 2020 o número era estável, com apenas 73 novos empregos, no mesmo período.
Segundo dados mais recentes do Ministério da Educação, a maior cidade do país registrou um aumento de 0,56% no número de escolas de educação básica, e de 1,9%% em unidades de estabelecimento de ensino superior, na comparação de 2019 com 2020.