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São Paulo confirma primeira morte por varíola dos macacos no estado

É o sexto óbito pela doença notificado no país - os outros ocorreram em Minas Gerais e no Rio de Janeiro

Monkeypox: primeiro óbito confirmado em SP (Centro de Controle de Doenças/Divulgação)

Monkeypox: primeiro óbito confirmado em SP (Centro de Controle de Doenças/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de outubro de 2022 às 12h24.

Última atualização em 12 de outubro de 2022 às 12h32.

A Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira, 12, o registro da primeira morte por varíola dos macacos no Estado. O paciente, de 26 anos, era morador da capital paulista.

Conforme a pasta, ele estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas havia mais de dois meses e tinha "diversas comorbidades". É o sexto óbito pela doença notificado no País - os outros ocorreram em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

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Ao todo, São Paulo tem 3.861 casos confirmados da varíola (monkeypox), com redução do registro de novas infecções nas últimas semanas, informou a Secretaria de Estado da Saúde.

A pasta reforçou ainda que o atual surto não tem a relação com os macacos e que a prevalência na transmissão é por "contato íntimo e sexual" entre pessoas.

VEJA TAMBÉM: Varíola dos macacos: Brasil recebe primeiras doses de vacinas

O governo paulista não detalhou quais eram as comorbidades do paciente. Conforme a Secretaria da Saúde, o paciente "passava por tratamento com antivirais para uso emergencial em pacientes graves".

Os demais óbitos foram registrados no Estado do Rio de Janeiro e outras duas em Minas Gerais. Nos quatro primeiros casos, as vítimas eram homens e tinham comorbidades e baixa imunidade, segundo as autoridades de saúde. Ainda não há informação sobre a quinta morte, reportada no Rio.

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Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.

Prevenção contra monkeypox

A Secretaria de Estado da Saúde listou algumas medidas de prevenção contra a monkeypox:

  • Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele.
  • Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença.
  • Higienizar as mãos com água e sabão e uso de álcool em gel.
  • Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos e objetos pessoais.
  • Usar máscaras, acessório que protege contra gotículas e saliva principalmente quando em contato com casos confirmados e contactantes.

Vacinas contra monkeypox

O Ministério da Saúde recebeu na última semana o primeiro de lote de vacinas contra a varíola dos macacos. A remessa, com 9,8 mil unidades, desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) no dia 4. Ao todo, o Brasil comprou aproximadamente 50 mil imunizantes via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Os próximos lotes devem ser entregues até o fim de 2022. Conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), inicialmente, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos. O objetivo é gerar "evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança" da vacina contra a monkeypox e, desta forma, orientar a decisão dos gestores.

De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira, 7, o País tem 8.340 casos confirmados de varíola dos macacos. Outros 4.586 estão em acompanhamento. São Paulo é o Estado com o maior número de casos (3.843), seguido por Rio de Janeiro (1.120) e Minas Gerais (514).

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