Santuário: Ramba irá para o Santuário de Elefantes Brasil e poderá conviver com outras duas elefantas (Divulgação/Santuário de Elefantes Brasil/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 16 de outubro de 2019 às 17h16.
Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 17h18.
A nova hóspede do Santuário de Elefantes Brasil já está a caminho de Mato Grosso. Ramba, ou Rambita, como é carinhosamente chamada, desembarcou hoje (16) no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, vinda do Chile e já está na estrada para o Santuário, que fica na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.
Ela é a última elefanta de circo do Chile e foi resgatada pela Organização Não Governamental (ONG) Elefantes Brasil depois de sofrer anos de maus-tratos.
A elefanta saiu do Chile hoje por volta das 3h, desembarcou em São Paulo hoje de manhã e deve chegar à Chapada na sexta-feira (18), por conta das paradas. São aproximadamente 1,5 mil quilômetros de Viracopos até o santuário
Algumas fazendas foram contatadas em pontos estratégicos do percurso, para eventual abertura da caixa onde a elefanta está. Médicos veterinários e policiais rodoviários federais acompanham o percurso.
Ramba tem 53 anos, pela quase 4 toneladas e é conhecida como a última elefanta de circo do Chile. Ela foi comprada na Ásia e levada para a Argentina onde trabalhou em diversos circos até que em 1995. Ela chegou ao Chile para apresentações no Los Tachuelas, o circo mais famoso do país.
Mas, foi somente em 1997, após denúncias de maus-tratos e posse ilegal de animais, que Ramba foi confiscada pelo Serviço Agrícola e Pecuário do Chile e proibida de fazer apresentações apesar de o circo continuar como seu depositário.
Seu resgate aconteceu em 2011, após decisão judicial conseguida pela Organização Não Governamental (ONG) chilena Ecópolis, onde foi levada ao Parque Safári do Chile, localizado em Rancágua. O local fica a cerca de 97 quilômetros de Santiago do Chile.
No entanto, por causa da localização do parque, atrás da Cordilheira dos Andes, a elefanta sofria com os invernos rigorosos.
Ramba tem inúmeras cicatrizes devido ao uso de correntes e sofre de problemas renais crônicos, devido à falta de água potável - herança da época de circo.