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Santos Dumont terá tecnologia para reduzir fechamentos

Segundo o secretário nacional de Navegação Aérea, a nova tecnologia poderá reduzir em cerca de 90% o período de fechamento do terminal devido a chuvas


	Aeroporto Santos Dumont: em 2012, o aeroporto ficou fechado por 46 horas; o objetivo é reduzir esse número para até quatro horas
 (Lucio Daou/EXAME)

Aeroporto Santos Dumont: em 2012, o aeroporto ficou fechado por 46 horas; o objetivo é reduzir esse número para até quatro horas (Lucio Daou/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 13h50.

Rio - A adoção de uma nova tecnologia de balizamento de pousos no aeroporto Santos Dumont poderá reduzir em cerca de 90% o período de fechamento do terminal em função das más condições climáticas. A avaliação é do secretário nacional de Navegação Aérea, Juliano Noman, que acompanhou o ministro Moreira Franco no anúncio da regulamentação da medida.

A partir da próxima segunda-feira, dia 2 de dezembro, as companhias aéreas poderão usar a tecnologia via satélite para balizar os pousos de aeronaves no terminal do Santos Dumont. Até hoje, o sistema utiliza equipamento de solo, que é mais facilmente comprometido em função de nuvens e chuvas passageiras.

Segundo levantamento do Secretaria de Navegação Aérea, em 2012, o aeroporto ficou fechado por 46 horas. Com o novo procedimento, o tempo de fechamento seria reduzido para até quatro horas.

"É uma tecnologia nova, que começa a ser utilizada na Europa e nos Estados Unidos e estamos trazendo para o Brasil. Com a utilização dos satélites, é possível usar rotas mais curtas para aproximação das aeronaves, sem necessidade de curvas e estabilizações no ar. Além disso, permite uma maior aproximação do avião com a pista, mesmo em condições de chuva e nuvens. Somente em condição climática bastante adversa e rigorosa é que ocorre o fechamento do aeroporto", explicou Norman.

Segundo o secretario, a nova tecnologia de navegação não exigiu investimento por parte do governo federal, apenas o estudo e a definição das novas rotas de aproximação e novas normas de controle e fiscalização da Anac em relação às companhias aéreas.


Com a tecnologia, os aviões poderão se aproximar da pista a uma distância de 91 metros de altura mesmo em condições de visibilidade baixa, quando atualmente o limite para aproximação é de 225 metros.

Extensão

Segundo Moreira Franco, a nova tecnologia de navegação aérea para pousos será implantada em outros aeroportos brasileiros a partir de 15 de dezembro. Galeão, Guarulhos, Congonhas e Viracopos serão os aeroportos contemplados. Na próxima segunda-feira, o primeiro terminal a utilizar o novo procedimento será o Santos Dumont, no Rio.

A nova tecnologia requer a instalação de dispositivos específicos nos aviões para captar as informações de voo enviadas via satélite, além de treinamento e capacitação dos pilotos. Segundo o secretário nacional de Navegação Aérea, Juliano Noman, como a frota nacional é nova, a maior parte das aeronaves já possui os equipamentos.

"O procedimento permitirá reduzir o tempo dos voos, além de reduzir o consumo de combustível, pois diminui as rotas de aproximação da aeronave com as pistas de pouso e o uso do motor", explicou o secretário.

Segundo o ministro Moreira Franco, a nova tecnologia também poderá se refletir em uma redução no valor das passagens aéreas.

"É possível haver uma redução no custo das passagens aéreas em função da diminuição do uso de combustível. É o tempo de treinar os pilotos e colocar a tecnologia em prática", disse o ministro, sem precisar quando os usuários poderão sentir a diferença no preço das passagens.

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