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Santander mantém previsão de alta dos juros em janeiro

Economista da instituição reconhece, no entanto, que a ata do Copom não sinaliza claramente um aperto monetário na próxima reunião

Equipe econômica do Santander projeta Selic em 13% no ano que vem (Wikimedia Commons)

Equipe econômica do Santander projeta Selic em 13% no ano que vem (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 11h41.

São Paulo - A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deixou bem claro que houve uma piora nas projeções de inflação para 2011, mas, por outro lado, ressaltou que as medidas macroprudenciais anunciadas recentemente ainda vão fazer efeito na economia. Apesar desse cenário não dar pistas claras sobre o que vai acontecer na próxima reunião, em janeiro, o Banco Santander mantém previsão de alta de 0,5 ponto percentual dos juros básicos.

A análise é da economista da instituição Tatiana Pinheiro, que participou nesta quinta-feira (16) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.

“No cenário de referência, em que se mantém a taxa de juros estável, a inflação projetada pelo Banco Central está acima (do centro) da meta. De acordo com os nossos cálculos, está em 5% contra uma meta de 4,5%. Portanto, ele indica que é necessária mais alguma medida em termos de política monetária”, explica a economista.

Questionada sobre as chances de o Copom não elevar os juros em janeiro, Tatiana Pinheiro diz que “lendo a ata, todas as possibilidades estão na mesa”. A expectativa do Santander é de que ocorra um aumento de juros já em janeiro; “A projeção dele (Banco Central) já está acima da meta, ou seja, ele não precisa esperar mais nada. Mas, realmente, no que está escrito na ata, não tem uma sinalização forte de que vá ocorrer aumento de juros em janiero.” A instituição prevê que o aperto total será de 2,25 pontos percentuais, com a Selic chegando a 13% ao ano em julho.

Outro ponto importante da ata, segundo a economista, é que o Banco Central perdeu a convicção de que o cenário internacional ajuda no controle da inflação. “Agora, ele (Banco Central) acha que o cenário internacional é ambíguo, não sabe se é inflacionário ou desinflacionário.”

Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, clique na imagem ao lado), a economista do Santander avalia o impacto do IGP-M turbinado de 2010 - acima de 11% - na inflação oficial do ano que vem, e traz uma boa notícia para os consumidores de energia elétrica de São Paulo.

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