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Santa Casa vai cortar parte dos serviços

A instituição informou ao corpo clínico que reduzirá os atendimentos não urgentes como parte do plano de contingência


	Santa Casa: o pronto-socorro da instituição não aceitará doentes com quadros menos graves e poderá recusar pacientes ambulatoriais novos
 (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)

Santa Casa: o pronto-socorro da instituição não aceitará doentes com quadros menos graves e poderá recusar pacientes ambulatoriais novos (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 06h56.

São Paulo - Em crise financeira e com déficit superior a R$ 400 milhões, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo anunciou na quinta-feira, 18, ao corpo clínico que reduzirá os atendimentos eletivos (não urgentes) como parte de um plano de contingência iniciado quinta.

Em comunicado interno obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, o novo superintendente da instituição, Irineu Massaia, informa a Mesa Administrativa e os funcionários da instituição sobre as medidas a serem adotadas, entre elas restrição do atendimento eletivo ambulatorial, revisão do fluxo de atendimento, priorizando emergência e unidades críticas, e até a transferência de pacientes internados.

De acordo com médicos ouvidos pela reportagem que participaram de reunião com o superintendente, o pronto-socorro da instituição não aceitará doentes com quadros menos graves e poderá recusar pacientes ambulatoriais novos, ou seja, que ainda não fazem tratamento no complexo.

No comunicado, o superintendente classifica a situação da Santa Casa como insolvente e diz ser "impossível, em curto prazo, honrar débitos com fornecedores, funcionários e dívidas fiscais da gestão passada".

Ressalta que, com a suspensão do contrato da empresa que cuidava da limpeza e manutenção da Santa Casa, anunciada quinta-feira por falta de pagamento, foi perdida a "capacidade integral de manutenção de equipamentos essenciais ao atendimento e segurança de pacientes e colaboradores".

Diz ainda que há iminente risco de greve por causa do atraso nos pagamentos dos salários e que o plano de contingência adotado tem como objetivo "a mitigação de danos".

A assessoria de imprensa da Santa Casa confirmou que a adoção do plano de contingência tem como objetivo "racionalizar o número de atendimentos eletivos ambulatoriais e cirúrgicos para dar prioridade à assistência de urgência". A entidade afirmou que entrará em contato com os pacientes que têm procedimentos agendados para os próximos dias para confirmar o atendimento ou informar o adiamento.

Salários

Nesta quinta, em reunião na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho em São Paulo, a Santa Casa voltou a adiar a data para pagamento de salários e 13º atrasados. A entidade pediu aos sindicatos que aguardem até o dia 29, proposta aceita pelos trabalhadores.

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