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Santa Casa se articula para pedir saída de provedor

A Irmandade se articula diante dos indícios de má gestão na Santa Casa apontados por auditoria feita pela Secretaria Estadual da Saúde


	Santa Casa: são necessárias cerca de cem assinaturas de membros da irmandade para que seja iniciado um pedido de saída do provedor do cargo
 (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)

Santa Casa: são necessárias cerca de cem assinaturas de membros da irmandade para que seja iniciado um pedido de saída do provedor do cargo (Hélio Bertolucci Jr./Flickr/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 13h55.

São Paulo - Diante dos indícios de má gestão na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo apontados por auditoria feita pela Secretaria Estadual da Saúde, membros da irmandade da instituição já se articulam para exigir a renúncia do provedor da entidade, Kalil Rocha Abdalla, cargo máximo na hierarquia da Santa Casa.

Em seu terceiro mandato, Abdalla está desde 2008 à frente da instituição em São Paulo.

A irmandade da Santa Casa é formada por cerca de 500 pessoas, indicadas pelo próprio provedor ou por outros irmãos. Eles são os responsáveis por eleger, a cada dois anos, o provedor e a chamada mesa administrativa, formada por 50 pessoas.

A Provedoria e a mesa cuidam diretamente da gestão das unidades de saúde controladas pela instituição filantrópica.

Com dívida milionária e indícios de problemas na administração da entidade, membros da irmandade já estão recolhendo assinaturas de colegas para dar início a um processo que pedirá a saída do provedor.

De acordo com o estatuto da Santa Casa de Misericórdia, são necessárias cerca de cem assinaturas de membros da irmandade - o equivalente a um quinto dos componentes - para que seja iniciado um pedido de saída do provedor do cargo.

Recolhidas as assinaturas necessárias, Abdalla seria obrigado a convocar uma assembleia de toda a irmandade para que fosse votada a sua saída.

A destituição só seria aprovada se a maioria dos irmãos presentes na assembleia votasse pela medida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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