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Sampaio volta a ser líder do PSDB para aproximar grupos de Aécio e Doria

Nome de Celso Sabino, aliado de Aécio Neves, havia sido indicado por lista, ignorando eleição interna que indicou aliado de Doria para liderança

Carlos Sampaio, do PSDB: em outubro, após o racha entre o presidente nacional do PSL Luciano Bivar e o presidente da República Jair Bolsonaro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Carlos Sampaio, do PSDB: em outubro, após o racha entre o presidente nacional do PSL Luciano Bivar e o presidente da República Jair Bolsonaro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AO

Agência O Globo

Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 13h12.

Brasília — O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) voltou à liderança do partido na Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira. Bruno Araújo (PE), presidente da sigla, defendeu que o retorno de Carlos seria uma solução de consenso na briga que divide a bancada há uma semana.

Na sexta-feira passada, o nome de Celso Sabino (PA), aliado do deputado federal e ex-presidente do PSDB Aécio Neves (MG), havia sido indicado líder por uma lista com 16 assinaturas. Neste processo, porém, foi ignorada uma eleição convocada por Carlos Sampaio, então líder do PSDB, na terça-feira anterior. Nessa ocasião, o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), aliado do governador de São Paulo João Doria, havia sido eleito como líder tucano na Casa, com 16 votos.

A ideia do presidente nacional do PSDB Bruno Araújo é que Carlos Sampaio fique à frente do grupo até fevereiro e tente pacificar a dissidência interna. A lista em que ele foi escolhido líder na manhã desta quarta-feira tinha 17 assinaturas, no entanto. Ou seja, ele obteve só um nome a mais além dos que já haviam votado em Beto Pereira.

O PSDB não é o primeiro partido a enfrentar uma controvérsia neste ano envolvendo a indicação da liderança do partido na Câmara.

Em outubro, após o racha entre o presidente nacional do PSL Luciano Bivar e o presidente da República Jair Bolsonaro, o partido que abrigava o clã Bolsonaro também se viu mergulhado em uma guerra de listas pela nomeação do líder. Dono da segunda maior bancada da Câmara, com 53 deputados, o PSL se dividiu entre apoiadores de Delegado Waldir (GO), antigo líder alinhado com Bivar, e Eduardo Bolsonaro (SP).

Eduardo acabou assumindo a liderança do partido na Câmara no fim de outubro. No entanto, após a direção nacional do PSL suspender Eduardo Bolsonaro e outros 17 deputados bolsonaristas de qualquer atividade partidária, no início deste mês, a deputada Joice Hasselmann (SP) foi escolhida como nova líder do partido.

A liderança de Joice, contudo, durou pouco. Depois que a Justiça de Brasília anulou as suspensões dos deputados bolsonaristas, Eduardo reassumiu a função de líder do PSL na Câmara nesta segunda-feira, após nova lista apresentada por seus aliados no Congresso.

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