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Samarco pagará R$ 100 mil a famílias das vítimas de Mariana

"Antecipação de indenização" será dada a cada família dos 17 mortos e dois desaparecidos no desastre provocado por uma enxurrada de rejeitos

Lama que invadiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, após o rompimento de barragens (Douglas Magno / AFP)

Lama que invadiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, após o rompimento de barragens (Douglas Magno / AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 19h32.

A mineradora brasileira Samarco anunciou nesta quinta-feira que pagará 100 mil reais a cada família dos 17 mortos e dois desaparecidos no desastre provocado por uma enxurrada de rejeitos no município de Mariana (Minas Gerais), em novembro, como parte da indenização.

O pagamento será feito depois que a empresa alcançou um acordo parcial com a procuradoria do estado de Minas Gerais, onde ocorreu o rompimento de duas barragens com rejeitos de minério, de sua propriedade, que provocou uma avalanche de lama que soterrou o distrito de Bento Rodrigues.

Os cem mil reais correspondem à antecipação de uma indenização.

A assessoria de imprensa da Samarco não respondeu às consultas sobre esta operação, solicitadas pela AFP.

De propriedade em partes iguais de duas gigantes de mineração, a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, a Samarco também pagará 20.000 reais a cada família que tiver perdido sua casa no maior desastre ambiental da história do Brasil.

O documento também contempla assuntos relativos a hospedagem e ajuda financeira, assim como a "questões relativas à indenização definitiva dos afetados e à reconstrução dos povoados", destacou uma nota da Samarco, décima operadora do Brasil.

A enxurrada de lama com rejeitos de minério percorreu mais de 650 km do rio Doce, através dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo (sudeste), até desembocar no oceano Atlântico, contaminando não apenas as suas águas, mas também seu entorno o ecossistema marinho.

Há poucos dias, a justiça brasileira ordenou o bloqueio de bens da Vale e da BHP Billiton para garantir o pagamento de indenizações aos afetados pelo desastre. A medida prevê um depósito de dois bilhões de reais em 30 dias para ser utilizados na execução de um plano de recuperação integral dos danos.

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