Vista aérea da lama de barragens da Samarco que invadiram o Rio Doce e chegam até a costa do Espírito Santo: a assessoria da Samarco ainda não respondeu ao contato feito pela reportagem (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 13h53.
Belo Horizonte - Antes do colapso da barragem da Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, em 5 de novembro, a mineradora havia registrado ao menos outros três rompimentos de estruturas em sua unidade no município.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos de Mariana (Metabase), as rupturas ocorreram na canalização que transporta minério de ferro da planta para o Espírito Santo, de onde é exportado.
Apesar de ser diferente da lama que vazou no desastre de Mariana, o minério de ferro também tem impacto ambiental.
No último vazamento no mineroduto, ocorrido em 2006, segundo o diretor executivo do sindicato, Sérgio Moura, um córrego em Barra Longa, município a cerca de 60 quilômetros de Mariana, foi atingido.
O primeiro foi em meados da década de 80. "Em barragens, até o dia 5, nunca havíamos tido vazamento", afirma Moura.
A Samarco tem três minerodutos utilizados no escoamento da produção para o Espírito Santo. O que apresentou os problemas, conforme o diretor do sindicato, é da década de 70.
Os outros dois foram construídos em 2008 e 2014. Cada um tem capacidade para o transporte para escoar cerca de 40 mil toneladas de minério de ferro por dia.
A assessoria da Samarco ainda não respondeu ao contato feito pela reportagem.