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Salários em dia: um drama a menos para o Rio

ÀS SETE - Nesta sexta-feira, devem ser depositados os salários do funcionalismo público em dia, pelo segundo mês consecutivo

DESFILE DA BEIJA-FLOR: crise de violência no estado foi um dos pontos altos da crítica social da escola campeã do carnaval  / Pilar Olivares/ Reuters

DESFILE DA BEIJA-FLOR: crise de violência no estado foi um dos pontos altos da crítica social da escola campeã do carnaval / Pilar Olivares/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 06h46.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2018 às 07h18.

Depois de protestos para passar o pacote de ajuste fiscal na Assembleia Legislativa, greve de funcionários e até enredo campeão da Beija-Flor de Nilópolis remontando o sucateamento do Rio de Janeiro, o caixa parece melhorar no estado.

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Nesta sexta-feira, promete o governador Luiz Fernando Pezão (MDB), serão depositados os salários do funcionalismo público em dia, pelo segundo mês consecutivo.

A folha salarial custa quase 1,7 bilhão de reais, com 461.816 servidores ativos, inativos e pensionistas. “Todo recurso deste pagamento é proveniente da arrecadação tributária”, diz uma nota da Secretaria de Estado da Fazenda.

Desde março do ano passado, ficou acordado que os depósitos seriam feitos no décimo dia útil do mês seguinte. Os atrasos, porém, estenderam-se de tal maneira que servidores ficaram meses sem receber, mesmo depois da aprovação do Plano de Recuperação Fiscal do estado.

Em dezembro, por exemplo, o governo do Rio pagou salários integrais do mês anterior para apenas 84% do funcionalismo público, que ganhavam até 2.805 reais líquidos. Nada menos que 71.134 empregados só foram pagos neste ano, deixando de quitar 375,9 milhões de reais em salários.

O Rio ainda tem 167.111 os ativos, inativos e pensionistas que não receberam o 13º salário de 2017, um montante de 1,1 bilhão de reais atrasados.

Mais: o pagamento desta sexta-feira virá com a quarta parcela do reajuste prometido a policiais civis e militares, delegados, bombeiros e agentes penitenciários, de até 9,28%.

Ao drama estadual, ainda se soma o maior registro de chuva da história na capital na madrugada de quinta, de 123,2 mm em apenas uma hora, e que deixou quatro pessoas mortas, além de desalojados nas regiões, norte e oeste.

Para piorar, a crise da violência continua, com o governo federal, numa jogada cercada de simbolismo político, decretando intervenção na segurança pública do estado até o fim do ano.

Em meio ao caos social, o suporte do prefeito Marcelo Crivella (PRB) vem à distância. Crivella mandou nota de pesar às vítimas, enquanto retorna nesta sexta-feira de viagem à Europa.

A fuga do Carnaval do prefeito custou 130.000 reais aos cofres da Prefeitura, entre passagem de classe executiva e diárias. Dinheiro que teria melhor destino no pagamento de salários, ou no auxílio às vítimas das chuvas ou da violência.

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