Brasil

Saída de Traumann não o exime de culpa, diz tucano

Líder do PSDB na Câmara disse que a saída de Thomas Traumann da Secretaria de Comunicação Social da Presidência não o exime de culpa sobre produção de documento


	Deputado Carlos Sampaio: tucano avisou que manterá o pedido de abertura de inquérito civil para investigar suposta prática de improbidade administrativa
 (Renato Araújo/ABr)

Deputado Carlos Sampaio: tucano avisou que manterá o pedido de abertura de inquérito civil para investigar suposta prática de improbidade administrativa (Renato Araújo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2015 às 20h34.

Brasília - O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), disse que a saída de Thomas Traumann da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República não o exime da responsabilidade sobre a produção do documento em que dizia que o governo tem adotado uma comunicação "errática" desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff e que o governo vive um momento de "caos político".

O tucano avisou que manterá o pedido feito à Procuradoria da República do Distrito Federal de abertura de inquérito civil para investigar suposta prática de improbidade administrativa.

"É preciso apurar a conduta do agora ex-ministro que, em tese, configura improbidade administrativa ao misturar governo com partido. O PT atua como se o Estado brasileiro fosse sua propriedade e está a sua disposição. São recursos públicos aplicados em favor de interesses partidários. O pedido de demissão não pode ser uma porta para a impunidade", afirmou Sampaio por meio de nota. O tucano acusa Traumann de produzir um documento para a promoção pessoal e eleitoral da presidente Dilma.

Traumann é o segundo ministro do segundo mandato da petista a deixar o governo em menos de 10 dias. Na semana passada, foi a vez de Cid Gomes sair do Ministério da Educação e, até o momento, nenhum substituto foi anunciado pelo Palácio do Planalto.

"A presidente Dilma já tem o preocupante histórico de quedas sucessivas de ministros. Em 2011, foram sete. Hoje, com a crise econômica, política e moral se agravando, vai ser cada vez mais difícil a presidente encontrar quem queira fazer parte do seu governo. Ela tem agora mais um problema, o da falta de peças de reposição", provocou Sampaio.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), evitou polemizar sobre a nova baixa no governo. O peemedebista disse que cabe à presidente decidir se aproveita as duas vagas abertas para fazer uma reforma ministerial. "Não é o fato de ter um problema com o ocupante de um cargo que deixa (o governo) que se precisa fazer reforma com todo mundo que não tem problema", comentou Cunha.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGovernoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas