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Saída de Moro e reforma ministerial: veja os destaques da semana

Várias movimentações políticas aconteceram nos últimos dias antes do fim do prazo para que políticos deixem seus cargos atuais para concorrer a outros postos nas eleições de outubro

PEC dos benefícios: medida reduzirá arrecadação dos municípios. (Ueslei Marcelino/Reuters)

PEC dos benefícios: medida reduzirá arrecadação dos municípios. (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 1 de abril de 2022 às 17h43.

No sábado, 2 de abril, acaba o prazo para que os políticos deixem seus cargos atuais para concorrer a outros postos nas eleições de outubro. Nesses últimos dias, várias movimentações aconteceram de olho no pleito, como a renúncia de João Doria (PSDB) em São Paulo e a de Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul.

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Além disso, o governo anunciou uma reforma ministerial para viabilizar a candidatura de nove nomes aliados ao presidente Jair Bolsonaro ao Senado, à Câmara e a governos estaduais. Os substitutos nas pastas serão, em maioria, nomes técnicos. Veja o que aconteceu de mais importante na política nesta semana:

Moro sai do Podemos

O ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro deixou o Podemos, partido ao qual havia ingressado em novembro de 2021, e resolveu se filiar ao União Brasil na quinta-feira, 31. Moro anunciou que desistiu de ser candidato à Presidência da República no momento, mas ainda não anunciou a que cargo pretende concorrer pelo novo partido. 

Doria diz que concorrerá à Presidência

João Doria (PSDB), anunciou na quinta-feira, 31, que deixa o governo de São Paulo para concorrer à Presidência da República pelo partido. A decisão foi um recuo ao que ele havia dito a aliados no começo da noite de quarta-feira, 30, quando avisou que cumpriria seu mandato até o fim. O vice, Rodrigo Garcia (PSDB), assume no sábado, 2 de abril.

Eduardo Leite renuncia ao governo do RS

Eduardo Leite (PSDB), oficializou, na quinta-feira, a renúncia ao cargo de governador do Rio Grande do Sul, que fica com Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). Leite ainda não informou qual cargo pretende disputar nas eleições de outubro. No começo da semana, ele confirmou que permanece no PSDB.

Reforma ministerial

Nove ministros do governo Bolsonaro foram exonerados na quinta-feira, para que possam disputar as eleições de outubro. O prazo de desincompatibilização termina no sábado. Entre os que deixaram as pastas, estão Tereza Cristina (Agricultura), Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura).

Milton Ribeiro pede demissão

Milton Ribeiro pediu demissão do Ministério da Educação na segunda-feira, 28. A saída aconteceu após reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrar a atuação de um gabinete paralelo na pasta. 

Dois pastores sem cargos no MEC, Gilmar Silva e Arilton Moura, são suspeitos de negociar com prefeitos a liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Em áudio divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, Milton Ribeiro diz que repassa recursos para municípios indicados pelos dois pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro. 

Caso Covaxin

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber negou o arquivamento do inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro por suspeita de prevaricação durante as negociações para compra da vacina indiana Covaxin. O pedido de arquivamento havia sido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

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