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Saída de João Paulo da disputa ajuda PT, diz Falcão

Segundo o dirigente petista Rui Falcão, havia no município uma "expectativa em relação ao julgamento" do mensalão, no qual Cunha é réu


	Deputado João Paulo Cunha, um dos 38 réus do mensalão: candidatura à prefeitura suspensa
 (Renato Araújo/Agência Brasil)

Deputado João Paulo Cunha, um dos 38 réus do mensalão: candidatura à prefeitura suspensa (Renato Araújo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 13h35.

Belo Horizonte - O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, afirmou nesta sexta que a saída de João Paulo Cunha da disputa pela prefeitura de Osasco após a condenação por lavagem de dinheiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pode favorecer o partido.

Segundo o dirigente petista, havia no município uma "expectativa em relação ao julgamento" do mensalão, no qual Cunha é réu. Antes de renunciar à candidatura em favor de seu vice, Jorge Lapas (PT), o petista aparecia atrás do ex-prefeito Celso Giglio (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto, com crescimento da diferença em favor do tucano.

Rui Falcão, que acompanhou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem a Belo Horizonte para participar de ato de campanha do ex-ministro Patrus Ananias à prefeitura da capital, inicialmente alegou que o processo do mensalão não afeta as eleições municipais. "(O julgamento) não está atrapalhando. Tenho viajado pelo País e não vejo nenhuma vinculação entre o julgamento e as eleições", disse.


Logo depois, porém, admitiu que, ao menos em Osasco, o processo "teve repercussão". Para Falcão, porém, a decisão de João Paulo Cunha foi um ato de desprendimento em favor da legenda.

"Ele, como militante que é, fez uma avaliação política, já que o projeto não é pessoal, e abriu mão para o vice", observou. "Não havia grande entusiasmo em relação aos adversários. (Agora) é bem possível que o PT possa assumir a dianteira. A expectativa é de que mude o quadro eleitoral", avaliou.

São Paulo

Rui Falcão afirmou nesta sexta que, apesar do crescimento da rejeição ao candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra, não dá para menosprezar o potencial eleitoral do tucano porque o partido adversário tem capital político e recursos para investir na eleição. Para o presidente petista, a rejeição a Serra foi "precipitada" pelo "desgaste do PSDB, da "agressividade" que o tucano adotou, do "fato de ele ter abandonado a prefeitura" e de ser ligado ao atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), que "está desgastado".

"Agora, o PSDB tem muita estrutura. E o Russomanno, desde que começou o programa de TV, estacionou", observou, referindo-se ao candidato Celso Russomanno (PRB), que aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto na capital.

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