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Saída de dólares supera entrada em US$ 4,694 bi em junho

Esta sequência de dois meses no vermelho se dá após o volume recorde de entradas de US$ 13,107 bilhões em abril


	O fluxo cambial de junho voltou a ficar negativo, desta vez em US$ 4,694 bilhões, de acordo com dados do Banco Central.
 (Gary Cameron/Reuters)

O fluxo cambial de junho voltou a ficar negativo, desta vez em US$ 4,694 bilhões, de acordo com dados do Banco Central. (Gary Cameron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2015 às 14h14.

Brasília - Após ter registrado um saldo negativo de US$ 2,077 bilhões em maio, o fluxo cambial de junho voltou a ficar negativo, desta vez em US$ 4,694 bilhões, de acordo com dados do Banco Central.

Esta sequência de dois meses no vermelho se dá após o volume recorde de entradas de US$ 13,107 bilhões em abril. Em igual mês de 2014, o saldo estava no azul em US$ 118 milhões.

O gráfico errático do fluxo cambial chama atenção porque o saldo segue negativo apesar de o Comitê de Política Monetária (Copom) continuar adotando um ciclo de alta de juros, o que, teoricamente, é um atrativo a mais para o especulador internacional que busca operações financeiras brasileiras com vistas a um ganho maior do que em outras partes do mundo.

A Selic está atualmente em 13,75% ao ano. A avaliação é que os investidores estrangeiros seguem avessos ao risco em função das incertezas internacionais, em especial neste momento, por conta da possibilidade de a Grécia deixar a zona do euro.

A saída de dólares por esse canal financeiro foi de US$ 7,629 bilhões em junho, resultado de ingressos no valor de US$ 45,191 bilhões e envios no total de US$ 52,820 bilhões.

Ao longo de todo o ano passado, a área financeira foi a principal porta de saída de recursos do País, somando US$ 13,4 bilhões.

Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

Já no comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 2,935 bilhões no mês passado, com importações de US$ 14,107 bilhões e exportações de US$ 17,042 bilhões.

Nas exportações, estão incluídos US$ 3,422 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 5,159 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 8,461 bilhões em outras entradas.

A saída líquida de US$ 4,694 bilhões de fluxo cambial em junho é a pior de 2015, já que é a maior para um mês desde dezembro do ano passado, quando somou US$ 9,287 bilhões.

Depois dessa data, também foram registrados fluxos negativos nos meses de fevereiro de 2015 (US$ 1,142 bilhão) e maio (US$ 2,077 bilhões).

2015

O fluxo cambial soma US$ 9,577 bilhões no acumulado do ano até o último dia 3 de julho, de acordo com o Banco Central. No mesmo período de 2014, o fluxo cambial estava positivo em US$ 2,607 bilhões.

No acumulado de um pouco mais da metade de 2015, houve saídas líquidas de US$ 225 milhões da área financeira, com ingressos de US$ 287,872 bilhões e envios de US$ 288,097 bilhões no período.

No comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 9,802 bilhões nos pouco mais de seis meses em questão, com importações de US$ 86,192 bilhões e exportações de US$ 95,994 bilhões.

Nas exportações, estão incluídos US$ 19,679 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 23,040 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 53,276 bilhões em outras operações.

Semana

A semana de 29 de junho a 3 de julho também registrou envios de recursos acima dos ingressos. O valor ficou negativo em US$ 2,283 bilhões, com destaque para o dia 29, segunda-feira, que teve uma saída líquida de US$ 1,473 bilhão.

O segmento financeiro teve remessas líquidas de US$ 3,059 bilhões nesta semana em questão. O resultado é a diferença entre entradas de US$ 9,576 bilhões e envios de US$ 12,635 bilhões.

No mesmo período, no comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 775 milhões, com importações de US$ 3,059 bilhões e exportações de US$ 3,835 bilhões.

Nas exportações, estão incluídos US$ 614 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 1,284 bilhão em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 1,936 bilhão em outras operações.

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