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Saída de chefe de gabinete não foi por desavença, diz interventor do Rio

Walter Souza Braga Netto disse que saída do general de Divisão Mauro Sinott já estava prevista e que ele já havia o segurado "por mais tempo"

Walter Souza Braga Netto: interventor atua no RJ até 31 de dezembro, conforme o decreto presidencial (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Walter Souza Braga Netto: interventor atua no RJ até 31 de dezembro, conforme o decreto presidencial (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de junho de 2018 às 16h28.

Brasília - O interventor federal na Segurança do Rio de Janeiro, general do Exército Walter Souza Braga Netto, também comandante militar do Leste, disse nesta quinta-feira, 14, que a saída de seu principal colaborador, o general de Divisão Mauro Sinott, não ocorreu por desavenças.

Braga Neto negou a possibilidade de a intervenção ser encerrada antes do prazo decretado pela Presidência da República, 31 de dezembro. "A saída do meu segundo homem na intervenção não foi por nenhuma desavença. Já estava previsto. Eu o segurei por mais tempo", afirmou Braga Neto. "A intervenção, até o momento, termina em 31 de dezembro, conforme o decreto presidencial."

Chefe do Gabinete da Intervenção Federal, Sinott foi nomeado para comandar a 3ª Divisão do Exército, em Santa Maria (RS), segundo o Comando Militar do Leste.

O general entregou formalmente ao presidente Michel Temer o plano de gestão estratégica traçado: "O plano é um legado para governos futuros". Ele disse que o Gabinete de Intervenção Federal já atingiu metas do plano e conseguiu reduzir a criminalidade no Rio.

Braga Neto disse que, de abril para maio passados, houve uma queda de 11,8% em homicídios dolosos, de 5,9% em latrocínios e de 15,7% em roubos de carga, conforme dados oficiais do Instituto de Segurança Pública do Rio.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que, atualmente, à exceção dos indicadores de confronto entre policiais e suspeitos, que tiveram aumento, houve "queda significativa" nos demais índices de criminalidade monitorados.

Braga Neto disse que a aplicação de dinheiro para reequipar as polícias não é um problema, mas ponderou que tem de seguir normas de licitações. Ele afirmou que está prestes a gastar cerca de 40% (R$ 400 milhões) do total de R$ 1,2 bilhão em recursos enviados pelo governo federal para a intervenção. As compras estão em processo de licitação: "O mais difícil é especificar o material que vai ser comprado. Todas as secretarias ligadas à intervenção estão sendo beneficiadas".

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