EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2011 às 18h46.
São Paulo - A Sabesp prevê que a cidade de São Paulo terá "praticamente" 100 por cento de redes de água e esgoto em 2018, após a assinatura do contrato entre empresa, prefeitura e governo do Estado para a exploração e prestação de serviços de abastecimento de água e esgoto na capital por 30 anos.
Atualmente, o serviço de água já está universalizado, mas o serviço de esgoto ainda está em 90 por cento do município. Em 2014, ano em que o Brasil sediará a Copa do Mundo de futebol, a previsão é de que a coleta de esgoto chegue a 92,6 por cento. "Dos nossos investimentos, o nosso principal foco será a expansão da rede", disse o diretor de Relações com Investidores da Sabesp, Rui de Britto Álvares Affonso, nesta quinta-feira.
Os investimentos totais durante a vigência do contrato --de 2010 a 2040-- serão de 16,9 bilhões de reais, sendo 7,3 bilhões destinados à expansão e garantia do atendimento, 3,7 bilhões para gestão da demanda de água e recuperação de córregos e mananciais e 6,1 bilhões em manutenção de ativos.
A Sabesp já havia divulgado um plano de investimentos de 8,6 bilhões no período de 2009 a 2013, e parte dos investimentos já estão incluídos nesse montante.
Do valor previsto até 2013, 80 por cento está contratado com instituições nacionais, como Caixa e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e fontes estrangeiros, como o Banco Mundial.
O contrato assinado na semana passada transfere a responsabilidade pelos serviços de saneamento básico na cidade de São Paulo à Sabesp. A companhia executa os serviços desde 1973, quando a estatal foi criada, mas ainda não havia um marco que definisse prazo de contrato e valor de investimentos.
"Antes não havia regulação e operávamos na cidade por definição do governo do Estado... Antes os planos de investimentos eram apenas da empresa, não eram integrados", disse o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, em teleconferência com jornalistas.
O presidente da Sabesp lembrou que há no Supremo Tribunal Federal (STF) um processo para a definição sobre quem é responsável pelo saneamento básico nas regiões metropolitanas brasileiras: Estado ou municípios.
Como no caso da cidade de São Paulo o contrato com a Sabesp foi assinado por prefeitura e governo do Estado, a empresa será a responsável pelo serviço independentemente da decisão do STF.
Atualmente, o município de São Paulo responde por 56 por cento da receita bruta da Sabesp.
As ações da Sabesp exibiram valorização expressiva nos dias que sucederam a assinatura do novo contrato. Nesta quinta-feira, os papéis da empresa recuavam 2,93 por cento às 16h40 na bolsa paulista, a 36,40 reais, enquanto o Ibovespa tinha baixa de 0,37 por cento.