Sabesp: para o índice de economias conectadas ao tratamento de esgoto, a expectativa é passar dos 75% em 2017 para 83% ao final do período (foto/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de março de 2018 às 19h47.
São Paulo - Entre 2018 e 2022, a Sabesp tem como meta elevar a cobertura e o atendimento em coleta de esgoto com 1,1 milhão de novas ligações. Em relatório da administração, a companhia de saneamento paulista afirma que pretende elevar o atendimento de coleta de esgoto dos atuais 83% para 88% em 2022.
Já para o índice de economias conectadas ao tratamento de esgoto, a expectativa é passar dos 75% em 2017 para 83% ao final do período.
A companhia destaca o Projeto Tietê, que trata da revitalização progressiva do rio Tietê e tem como objetivo ampliar e otimizar o sistema de coleta, transporte e tratamento de esgotos na Região Metropolitana de São Paulo.
O projeto, que já dura 25 anos e consumiu US$ 2,8 bilhões em investimentos, está atualmente em sua terceira etapa, com 64% das obras concluídas.
"Quando a terceira etapa estiver concluída, espera-se que um novo salto nos níveis de coleta e tratamento de esgoto seja alcançado, com a coleta do esgoto gerado por mais de 5 milhões de pessoas", diz a companhia.
Em água, segmento no qual os serviços já "tendem à universalização" - com taxas iguais ou acima de 98% para cobertura e de 95% para atendimento -, a Sabesp planeja executar 783 mil novas ligações nos próximos cinco anos.
No documento divulgado junto com o balanço, a companhia afirma ainda que atingiu e superou suas metas propostas para o ano passado, citando os números de novas ligações de água (207,3 mil) e esgoto (221,8 mil) registrados no período.
A Sabesp salienta que o projeto de reorganização societária seria uma forma de alavancar seus investimentos em saneamento básico no curto prazo. A nova empresa, a ser criada pelo governo do Estado de São Paulo, poderá admitir acionistas privados com perfil de investimento de longo prazo e, "desde que seja preservado o controle estatal", poderá emitir novas ações a serem adquiridas por investidores privados.
A companhia reforça que o modelo proposto permitirá a "manutenção dos contratos de programas, sem alterar o relacionamento e condições de negociação entre a Sabesp e os municípios, manterá o acesso a financiamentos por organismos multilaterais, além de respeitar os direitos dos acionistas minoritários da Sabesp".