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Sabesp lacra 200 bombas de irrigação em Piedade

De acordo com a Defesa Civil, a medida tornou-se necessária em razão do risco de faltar água na cidade


	Carro aparece com a seca da Represa de Jaguari: medida tornou-se necessária em razão do risco de faltar água
 (Roosevelt Cassio/Reuters)

Carro aparece com a seca da Represa de Jaguari: medida tornou-se necessária em razão do risco de faltar água (Roosevelt Cassio/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2014 às 20h29.

São Paulo - Com apoio da Defesa Civil, funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já lacraram mais de 200 bombas usadas para irrigação de lavouras na zona rural de Piedade, região de Sorocaba.

O município é um dos maiores produtores de frutas e hortaliças do Estado e responde pelo fornecimento de mais de 140 produtos a entrepostos da Ceagesp em Sorocaba e São Paulo.

A produção de legumes, hortaliças e frutas como o morango dependem de irrigação diária.

De acordo com a Defesa Civil, a medida tornou-se necessária em razão do risco de faltar água na cidade. Os 52,2 mil habitantes dependem da água do Rio Pirapora, o mesmo usado pela maioria dos agricultores.

Os equipamentos de irrigação ficam lacrados por 24 horas e são reabertos por igual período.

"Eles adotaram o racionamento para as lavouras, mas não fizeram o mesmo na cidade", reclamou o produtor rural Odair Sicca, do bairro rural de Roseira. De acordo com a prefeitura, a medida é emergencial e foi discutida com representantes dos produtores.

Em nota, a Sabesp informou que o corte foi necessário para recuperar a vazão do Rio Pirapora e evitar o desabastecimento da cidade. Segundo a concessionária, muitos produtores retiram água sem autorização (outorga) do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

A empresa confirmou ter solicitado ajuda da Defesa Civil para coibir a retirada irregular. Ainda segundo a Sabesp, o abastecimento da população tem prioridade e a medida será suspensa assim que o manancial se recuperar.

O Sindicato Rural de Piedade estuda a possibilidade de recorrer à Justiça para garantir a irrigação das lavouras.

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