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Sabesp já reduz captação do Cantareira e remaneja água

Embora o governo Alckmin negue enfaticamente que o rodízio será necessário, esse cenário está sendo tratado reservadamente como um hipótese


	Medidor de nível do reservatório de hidrelétrica: segundo fonte do governo, expectativa é que chova 30 milímetros na região onde fica reservatório da Cantareira
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Medidor de nível do reservatório de hidrelétrica: segundo fonte do governo, expectativa é que chova 30 milímetros na região onde fica reservatório da Cantareira (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 18h16.

São Paulo - Embora o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tenha anunciado nesta quinta-feira, 6, que vai reduzir o fornecimento de água do Sistema Cantareira para a Grande São Paulo a partir de segunda-feira (10) e remanejar água de outras bacias para evitar racionamento, as duas medidas já são adotadas há mais de uma semana pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Dados divulgados pela companhia mostram que a vazão de água captada pela companhia no Cantareira nesta quinta-feira já foi de 25,6 m³/segundo, índice inferior aos 27,9 m³ recomendados pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) e que, segundo Alckmin, será colocado em prática a partir de segunda.

A redução só é possível porque ao menos desde o dia 24 de fevereiro, a Sabesp abastece mais de 1,6 milhão de pessoas da Grande São Paulo que recebiam água do Cantareira com água da bacia do Alto Tietê.

Nesta quinta, Alckmin disse que esta bacia e a da Guarapiranga vão suprir a redução do fornecimento pelo Cantareira.

Pela regra, a Sabesp pode captar até 33 m³/segundo do manancial. Outros 3 m³/segundo vão para a região de Campinas. Nesta quinta, o nível do Cantareira caiu para 16% da capacidade, o menor patamar da história. O Sistema Alto Tietê, por sua vez, está com 38,3% de volume armazenado e o Guarapiranga, com 69%.

Embora o governo Alckmin negue enfaticamente que o rodízio será necessário, esse cenário está sendo tratado reservadamente como um hipótese caso não chova até domingo no Sistema Cantareira.

A avaliação é que a estratégia de pegar água "emprestado" de outros reservatórios é tecnicamente limitada.

O Alto Tietê, por exemplo, fica na região de Suzano. Seria portanto "impraticável" levar grandes quantidades de água para Osasco, do outro lado da Grande São Paulo.

Esse cenário passará a ser admitido caso não chova a quantidade esperada até o próximo domingo. A cúpula do governo e técnicos da Sabesp e do DAEE estão realizando reuniões diárias para tratar do tema. Segundo uma fonte do governo, a expectativa é que chova 30 milímetros na região onde fica o reservatório da Cantareira.

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