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Sabesp divulga lista de grandes consumidores de água

Pressionada a revelar quem são grandes consumidores que possuem tarifas especiais, a companhia divulgou lista com 537 contratos chamados "Demanda Firme"


	Sabesp: na relação estão hospitais, clubes de futebol, igrejas, empresas de comunicação e de transporte público, entre outros
 (Divulgação)

Sabesp: na relação estão hospitais, clubes de futebol, igrejas, empresas de comunicação e de transporte público, entre outros (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 16h48.

São Paulo - Pressionada a revelar quem são os grandes consumidores de água que possuem tarifas especiais em plena pior crise hídrica da história, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgou nesta terça-feira uma lista com 537 contratos chamados "Demanda Firme" criados em 2005 para fidelizar clientes que estão em vigor na Grande São Paulo.

Na relação com os negócios firmados na Região Metropolitana estão condomínios comerciais, hospitais, clubes de futebol, supermercados, indústrias de vários segmentos, igrejas, empresas de comunicação e de transporte público, como o Metrô, entre outros.

Todos, até o início da crise, consumiam pelo menos 500 mil litros por mês, volume mínimo para poder assinar o contrato.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou no sábado, 7, 36 contratos foram assinados após o dia 27 de janeiro de 2014, quando a Sabesp comunicou oficialmente a crise no Sistema Cantareira.

Em reportagem dessa segunda-feira, 9, o jornal mostrou que quase metade (46,5%) da água destinada aos grandes consumidores sai do manancial em crise.

Pelas regras do programa, a empresa é obrigada a atingir um consumo mínimo acordado em contrato para pagar a tarifa diferenciada. Para esses clientes, o custo do metro cúbico de água (mil litros) cai à medida que o consumo aumenta, lógica inversa à adotada na tarifa convencional. A política virou alvo de críticas durante a crise por estimular o consumo de água.

A Sabesp argumenta que esses clientes consomem apenas 3% da água da Grande São Paulo e que, desde fevereiro de 2014, suspendeu o consumo mínimo obrigatório e estimulou o uso de fontes alternativas de água, que era proibido em contrato.

Segundo a companhia, 70% dos clientes migraram para poços artesianos e caminhões-pipa, por exemplo, e o consumo desse grupo caiu 24% na comparação de fevereiro de 2014 com janeiro deste ano.

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