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Cantareira tem 1,2% da 1ª cota do volume morto

Volume armazenado no Cantareira segue em trajetória de queda e a Sabesp possui atualmente apenas 12 bilhões de litros para usar neste sistema


	Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 17h26.

São Paulo - Mesmo com as chuvas nos últimos dias, o volume de água armazenado no Sistema Cantareira segue em trajetória de queda e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) possui atualmente apenas 12 bilhões de litros para usar neste sistema, montante que corresponde a 1,2% da primeira parcela da reserva técnica, o chamado volume morto, conforme informou a própria estatal.

Como a companhia passou a incorporar em seus cálculos uma segunda cota do volume morto, o índice oficial de armazenamento divulgado nesta quarta-feira, 05, é de 11,8%.

Esse porcentual inclui 105 bilhões de litros referentes ao volume morto II que, na prática, a companhia ainda não pode usar.

A Sabesp diz que, como ainda há água disponível da primeira cota, "não foi iniciada a retirada da segunda parte da reserva técnica" e reiterou que pode nem precisar usar a segunda cota do volume morto, "caso haja um incremento de chuvas nos próximos meses".

Os órgãos federal e estadual - Agência Nacional de Águas e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) - responsáveis por dar a autorização para a Sabesp usar o a segunda cota do volume morto já manifestaram concordância com a utilização de montantes adicionais de água, mas ainda não emitiram o necessário documento oficial.

Isso porque a ANA, ao acatar o pedido da Sabesp, recomendou que sejam dadas autorizações de parcelas sucessivas, considerando a meta de garantir que o Sistema chegue ao final de abril com no mínimo 10% de volume útil armazenado - o que significa a recuperação do montante de volume morto que está sendo utilizado e a reposição adicional de mais 10%.

Conforme informaram nesta quarta representantes da ANA e do DAEE, os dois órgãos estão avançando nas discussões para a concessão de uma primeira autorização, contemplando o montante que poderia ser utilizado até novembro.

Segundo o superintendente do DAEE, Alceu Segamarchi Júnior, uma decisão final pode ser conhecida ainda esta semana.

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