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Russomanno quer pôr guarda civil dentro de escolas

Para o candidato, os guardas iriam prevenir o consumo de drogas. Projeto foi criticado por especialistas em educação

Celso Russomanno, candidato à prefeitura de SP pelo PRB (Divulgação/Facebook)

Celso Russomanno, candidato à prefeitura de SP pelo PRB (Divulgação/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 11h28.

São Paulo - O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, prometeu nesta quarta-feira (5) levar a Guarda Civil Metropolitana (GCM) para dentro das escolas municipais. O projeto do líder nas pesquisas de intenção de voto, que teria como objetivo prevenir o consumo de drogas, foi criticado por especialistas em educação, que questionaram sua utilidade e o classificaram de antipedagógico.

Russomanno afirma que os guardas podem criar vínculo de amizade com alunos, o que ajudaria a prevenir o uso de drogas. Ele criticou as políticas estadual e federal de combate ao tráfico.

"O guarda amigo vai ter amizade com as crianças, com os pré-adolescentes e adolescentes, e vai trabalhar na prevenção. Não adiantam só os programas de repressão que o governo federal e do Estado têm", afirmou o ex-deputado, antes de fazer uma carreata no Grajaú, na zona sul.

A PM dispõe de um grupo específico para patrulhar as entradas e saídas de alunos de escolas públicas e particulares, a Ronda Escolar. A GCM também atua nas portas de escolas municipais consideradas vulneráveis, no Programa de Proteção Escolar.

Russomanno disse que sua ideia está apoiada em pesquisa feita pelo Ministério da Justiça. Segundo os dados que reproduziu, há uma incidência elevada de crianças entre 10 e 12 anos que já consumiram drogas leves, e também um alto número de adolescentes entre 14 e 15 anos que já usaram substâncias consideradas pesadas.

"As famílias estão preocupadas com o uso de drogas, mas não é colocando guarda nos corredores que vamos lidar com isso", avalia Angela Soligo, professora da Faculdade de Educação da Unicamp. "Uma proposta dessas cria uma falsa sensação de segurança e tira o foco do problema, que pede mais educação e mais orientação, não vigilância." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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