Brasil

Rui Falcão diz que há escalada de repressão contra PT

O presidente do partido participa nesta segunda-feira, 24, de um seminário promovido pelas lideranças da legenda no Congresso Nacional

Rui Falcão: segundo o presidente do PT, ninguém apresenta nenhuma prova que permita condenar Lula, porém, há uma "convicção" dos investigadores para justificar este fim (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

Rui Falcão: segundo o presidente do PT, ninguém apresenta nenhuma prova que permita condenar Lula, porém, há uma "convicção" dos investigadores para justificar este fim (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2017 às 19h34.

Brasília - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que há uma "escalada de repressão" movida contra integrantes do partido.

"Temos companheiros presos sem culpa formada e é preciso estender nossa solidariedade a eles", afirmou.

Falcão participa nesta segunda-feira, 24, de seminário promovido pelas lideranças da legenda no Congresso Nacional para discutir "Estratégias para a Economia Brasileira", em Brasília.

O evento também conta com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Falcão, ninguém apresenta nenhuma prova que permita condenar Lula, porém, há uma "convicção" dos investigadores para justificar este fim.

"No dia 3 há um depoimento de Lula. É um apressamento de um processo cujo destino eles querem antecipar. Como diz o presidente Lula, o enredo está feito, a novela está feita, agora é preciso fazer o fecho", disse Falcão.

Falcão criticou a decisão do juiz Sérgio Moro de obrigar o ex-presidente Lula a participar das mais de 80 oitivas das testemunhas de defesa.

"O juiz quer que o presidente vá ouvir todas as oitivas, coisa que o Código Penal não obriga a fazer", afirmou.

O presidente do PT afirmou que o partido preparou "medidas de emergência e salvação nacional" para o País.

"Nós mostramos que já fizemos muita coisa para vencer a crise e podemos fazer de novo. Mas para praticar essas sugestões, precisamos derrubar o governo golpista, ou seja, que a gente consiga fazer eleições diretas."

A líder do PT no Senado, senadora Gleisi Hoffmann (PR), fez um "mea culpa" sobre os erros do partido.

"Aqui não tem bandido, aqui pode ter pessoas que podem ter errado, e vamos descamar nossos erros pelo aprendizado, mas aqui tem gente que se preocupa com o Brasil. Na primeira denúncia, na primeira ofensa nós não vamos baixar a cabeça e voltar para casa", disse a parlamentar.

Ela defendeu que o PT "vai ajudar o povo brasileiro a sair dessa crise" que o governo Temer provocou.

"Com os 13 anos de governo que tivemos, temos condições de apresentar soluções para o povo (... Não precisamos de reforma que tirem os direitos dos trabalhadores, nem os programas sociais, precisamos de propostas que movimentem a economia."

Acompanhe tudo sobre:Gleisi HoffmannLuiz Inácio Lula da SilvaPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto