Rui Falcão: ele ressaltou ainda que o “placar do impeachment” está mudando, com vantagem para o governo em razão das manifestações (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2016 às 16h12.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse hoje (4) que a debandada da base aliada, após o rompimento do PMDB com o governo, acabou frustrada.
Segundo ele, o movimento não ocorreu por duas razões: parte do PMDB não acompanhou o presidente do partido, Michel Temer, e o governo abriu diálogo com as demais legendas a fim de recompor sua base parlamentar.
“A esperada debandada de partidos da base aliada, que secundaria o rompimento do PMDB com o governo, acabou duplamente frustrada. Primeiro, porque nem todo o partido acompanhou o presidente-ausente [Temer] da reunião, que o senador Requião chamou de farsa e o senador Renan Calheiros encarou como tiro no pé”, disse Falcão em texto divulgado em sua página oficial nas redes sociais.
“Em segundo lugar, porque o governo abriu diálogo com os demais partidos, a fim de recompor sua base parlamentar – movimento ainda em curso e que reforça a necessidade de ampliarmos o contato com deputados e senadores para convencê-los a votar contra o golpe”, acrescentou.
Segundo Falcão, alguns oposicionistas – prevendo o fracasso do impeachment – estão mudando de estratégia, e propõem agora a renúncia de Dilma e Temer.
“Como ratos que deixam o navio antes de afundar, alguns setores contrários à presidenta iniciaram uma mudança de rumo, por pressentirem que o impeachment pode fazer água. Trata-se da proposta conjunta de renúncia de Dilma e Temer, manobra que a presidenta repeliu mais uma vez.”
Rui Falcão ressaltou ainda que o “placar do impeachment” está mudando, com vantagem para o governo em razão das manifestações populares.
De acordo com o petista, os atos ampliaram o esclarecimento à opinião pública sobre questões legais do pedido de impedimento de Dilma.
“Com o crescimento das manifestações populares em defesa da democracia, o placar do impeachment começa a mudar a favor da presidenta Dilma. Influi, também, o esclarecimento de que falta base legal para destituir a presidenta, que não cometeu crime, nem comum e nem de responsabilidade”.
“O que o complô parlamentar-jurídico-midiático pretende é mesmo dar o golpe, em desrespeito ao voto popular e para chegar ao poder a qualquer custo”, escreveu Falcão.