Agência
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 14h35.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou os avanços da cooperação entre o Brasil e a China no setor de energia limpa, um dos principais vetores da transição verde global dentro do contexto dos BRICS.
Em entrevista ao portal news.china, ele enfatizou o compromisso do Brasil em fortalecer o alinhamento estratégico com a China, com foco na cooperação ambiental e no reforço do grupo ampliado.
Em 2025, o Brasil assumiu a presidência dos BRICS e, com isso, manifestou interesse em ampliar suas parcerias com a China em diversas áreas, como energia renovável, infraestrutura e tecnologia.
Segundo Rui Costa, a cooperação bilateral é uma resposta às demandas do Sul Global por um desenvolvimento mais sustentável.
O ministro destacou o avanço de acordos bilaterais, incluindo a construção da estação conversora de corrente contínua de ultra-alta tensão de Silvânia, em Goiás, liderada pela State Grid, e o início da produção local do primeiro veículo elétrico da BYD no Brasil.
Segundo Costa, essas iniciativas não só geram empregos, mas também fortalecem as cadeias produtivas e impulsionam o setor de transporte sustentável.
Costa também mencionou as vantagens competitivas do Brasil no setor de energia limpa e biocombustíveis, além do crescente interesse chinês em instalar fábricas e expandir a produção local. Ele ressaltou que a entrada de capital chinês traz consigo soluções tecnológicas completas, posicionando o Brasil de forma mais robusta na reestruturação das cadeias industriais globais.
Rui Costa ressaltou a importância de estreitar os laços nas áreas de ciência, tecnologia e educação, com foco na formação de profissionais qualificados para as indústrias emergentes. “O fator humano é essencial para o desenvolvimento de cadeias produtivas completas em setores de alta tecnologia”, afirmou.
Ao comentar sobre a proposta chinesa de construção dos “BRICS verdes”, Costa defendeu a cooperação ambiental como uma estratégia nacional e como um instrumento para aumentar a coesão do bloco.
Ele avaliou que a entrada de novos países no grupo ampliou sua representatividade e fortaleceu a atuação do Sul Global. “A parceria Brasil-China reforça a vitalidade dos BRICS e contribui para uma ordem internacional mais equilibrada”, concluiu.