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Rui Costa defende mudança em lei da autonomia; ação mira presidente do Banco Central

Rui Costa destaca experiência dos EUA e questiona atualidade da legislação brasileira.; Campos Neto tem mandato até 2024

Campos Neto tem mandato até 2024 (Andre Coelho/Bloomberg via/Getty Images)

Campos Neto tem mandato até 2024 (Andre Coelho/Bloomberg via/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de junho de 2023 às 18h59.

Considerado um dos quadros mais técnicos do núcleo duro do governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, saiu em defesa de mudanças na lei de autonomia do Banco Central de forma a autorizar o Presidente da República a demitir o presidente da autarquia.

Hoje, a lei diz que o presidente da República pode encaminhar ao Senado um pedido de exoneração antecipada do presidente do BC em caso de descumprimento de suas obrigações, mas a medida precisa ser chancelada pelos senadores.

"Nos Estados Unidos, o presidente eleito, depois de 12 meses de mandato, pode substituir o presidente do Banco Central independente. Porque se a nação legitimou um projeto econômico, de nação, através do voto, da democracia, isso é mais forte do que a concepção ideológica, o projeto de uma pessoa que está presidindo o Banco Central", disse o ministro em almoço organizado pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

Roberto Campos Neto tem mandato até o fim de 2024

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem mandato até o fim de 2024. Rui Costa lembrou que o dirigente foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve seu projeto político-econômico derrotado nas urnas no ano passado. "Aqui no Brasil, vamos ter que esperar o final do segundo ano do presidente para substituir. É algo que precisaria ser ajustado na lei. Se é para adotar o projeto de Banco Central independente vamos, ao menos, olhar o que tem dado certo em outros países", defendeu o chefe da Casa Civil.

Rui Costa voltou a dizer que nenhum ator econômico do País defende a manutenção da taxa de juros. "Nada na gestão pública, na economia é bom tratar com dogmas", defendeu o ministro.

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