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Sartori e Tarso voltam a discutir dívida em debate

A renegociação da dívida de R$ 50 bilhões do Estado com a União foi colocada como tema central de oitavo e último debate da campanha

Os candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori e Tarso Genro, durante debate realizado pela RBS TV (Caco Argemi/UPPRS)

Os candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori e Tarso Genro, durante debate realizado pela RBS TV (Caco Argemi/UPPRS)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 06h17.

Porto Alegre - Os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul José Ivo Sartori (PMDB) e Tarso Genro (PT), que busca a reeleição, colocaram a renegociação da dívida de R$ 50 bilhões do Estado com a União como tema central de oitavo e último debate da campanha eleitoral, na noite desta quinta-feira, na RBS TV, assim como fizeram em todos os encontros anteriores.

Sartori acusou Tarso de ter prometido em 2002, quando concorreu ao governo e perdeu para Germano Rigotto (PMDB), que renegociaria a dívida.

Como Tarso não foi eleito naquele ano, o peemedebista deu a entender que deveria ter se mobilizado pela solução do problema como ministro de várias pastas do governo Luiz Inácio Lula da Silva que foi.

O petista respondeu que tomou em 2011, depois de ser eleito governador, a iniciativa que seus antecessores (Rigotto de 2003 a 2006 e Yeda Crusius (PSDB) de 2007 a 2010) não tomaram. "Agora tivemos um governo que foi para cima do governo federal e fez a proposta que os anteriores não fizeram", destacou Tarso.

Um acordo no Senado prevê a votação de uma proposta que reduz os índices de correção da dívida para novembro. Sartori acusou Tarso de ter trabalhado apenas por um acordo parcial, dizendo que deveria ter mobilizado outros governadores para no mesmo pacote reduzir também o comprometimento mensal de 13% da receita com a dívida. Tarso afirma que essa é uma segunda etapa, a ser negociada a partir de janeiro.

O petista passou todo o debate tentando fazer seu concorrente apresentar propostas e o que fará para concretizá-las, mas o peemedebista evitou respostas diretas e rebateu afirmando que Tarso fez promessas em 2010 que não cumpriu, ficando abaixo do que estava previsto de construção de acessos asfálticos e unidades de pronto atendimento de saúde.

Sartori provocou Tarso com a pergunta "como o senhor se sente vendo companheiros antigos do PT sendo denunciados e presos por desvio de dinheiro", em alusão a líderes partidários envolvidos com o escândalo do Mensalão.

"Da mesma forma que o senhor se sente vendo seus companheiros processados no Rio Grande do Sul", rebateu o governador, referindo-se a peemedebistas envolvidos com o escândalo do Detran.

"Nenhum de nós se sente bem, não venha com esse tipo de alusão". Tarso disse que, como ministro da Justiça, fez o "mais duro" combate à corrupção e, como governador, criou um sistema de controle capaz de identificar no início qualquer tentativa de desvio.

Ao final, Tarso afirmou, referindo-se a Sartori, que "ele propõe salto no escuro, não diz o que vai fazer", e complementou afirmando que tem proposta conhecida, que alguns eleitores podem não gostar, mas deixa "o Rio Grande saber o que terá pela frente".

O peemedebista, que lidera as pesquisas pelo placar de 60% a 40% dos votos válidos, rebateu sustentando que "um bom administrador não é o que promete, mas o que sabe fazer".

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