Brasil

Rio Grande do Sul libera 19 registros médicos estrangeiros

Registros são para diferentes nacionalidades e incluem brasileiros com diplomas de fora do Brasil, cubanos, uruguaios e até um palestino

Doze médicos estrangeiros do Mais Médicos visitam o Centro de Diagnóstico por Imagem do governo do estado, o Rio Imagem (Tomaz Silva/ABr)

Doze médicos estrangeiros do Mais Médicos visitam o Centro de Diagnóstico por Imagem do governo do estado, o Rio Imagem (Tomaz Silva/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 11h37.

São Paulo - O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) liberou na tarde de quinta-feira, 19, os primeiros 19 registros provisórios a médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior que vão atuar no Estado pelo programa Mais Médicos. Os registros são para diferentes nacionalidades e incluem brasileiros com diplomas de fora do Brasil, cubanos, uruguaios e até um palestino.

Com a liberação, o Rio Grande do Sul se tornou o primeiro Estado a fornecer o documento para os profissionais, que devem iniciar as atividades nos municípios selecionados a partir de segunda-feira, 23.

Ao todo, o Cremers recebeu 40 pedidos de registro. Agora restam 21 em análise - 13 vencem no dia 23, e os outros 8 vencem no dia 2 de outubro. 

Segundo Rogério Wolf de Aguiar, presidente do conselho, ainda há alguns casos com documentos incompletos e, por isso, os dados foram solicitados ao Ministério da Saúde. “Tem cópia de diploma, por exemplo, que só apresenta os dados da frente e não do verso. Em geral, os carimbos da instituição de ensino estão no verso”, exemplificou Aguiar.

Ainda nesta quinta o conselho gaúcho sofreu mais uma derrota na Justiça na tentativa de exigir mais documentos dos profissionais. O Cremers queria afastar a obrigação de liberar os registros provisórios sem a apresentação do Revalida (prova de revalidação do diploma estrangeiro) e sem a comprovação de proficiência em Língua Portuguesa. Também tentou exigir a indicação dos nomes dos tutores e supervisores que vão acompanhar esses médicos. 

A juíza entendeu que o parecer da Advocacia Geral da União (AGU), emitido na segunda-feira, 16, esclarece esses pontos, dispensando a necessidade de indicação do tutor e também impedindo a exigência de outros documentos não citados na medida provisória.

“Em resposta à ação judicial, o governo enviou a documentação completa e isso foi o suficiente para adequar a situação. Além disso, na terça-feira nós recebemos a lista com o nome dos médicos e as cidades em que vão trabalhar. Tudo isso junto completou os nossos pedidos de esclarecimentos, por isso assinamos a liberação dos registros”, afirmou Aguiar.

Na Justiça

A demora para a concessão dos registros pelos conselhos de medicina pode ganhar mais um capítulo. A Advocacia Geral da União (AGU) afirmou ontem que pretende acionar judicialmente as entidades para que arquem com os salários dos médicos estrangeiros diante da negativa em conceder os registros provisórios necessários. A informação foi dada no Recife pelo subprocurador regional da AGU, Carlos Eduardo Lima. “O Ministério da Saúde e a AGU não vão admitir nenhuma medida protelatória que prejudique a população que aguarda os médicos”, afirmou.

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) está condicionando a emissão dos registros à informação sobre a localidade onde os médicos irão atuar e a identificação dos tutores que vão acompanhá-los para que possam ser responsabilizados por qualquer falha dos tutelados.

As medidas judiciais ainda estão sendo definidas e só poderão ser acionadas depois do término do prazo final, que é amanhã. Pernambuco receberá 48 médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior. Foram solicitados os registros de 43 deles. Nenhum foi emitido.(Fernanda Bassette e Angela Lacerda). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Mais MédicosMedicinaSaúdeSaúde no BrasilSUS

Mais de Brasil

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje

Qual é a multa por excesso de velocidade?

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi