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Roubalheira virou método de governo no PT, diz Aloysio

"No PT, a roubalheira se transformou em um método de governo", frisou o candidato a vice, destacando escândalos como mensalão e o que envolve a Petrobras


	Aloysio: forma de governar para manter a maioria se tornou método petista de governar, diz
 (Lia de Paula/Agência Senado)

Aloysio: forma de governar para manter a maioria se tornou método petista de governar, diz (Lia de Paula/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 17h44.

São Paulo - O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice na chapa do tucano Aécio Neves, disse em sabatina no Estadão que nem mesmo o eleitor do PT concorda "com a roubalheira" envolvendo a gestão governamental.

"No PT, a roubalheira se transformou em um método de governo", frisou, destacando escândalos como mensalão e o que envolve a Petrobras.

Na sua avaliação, a forma de governar para manter a maioria, "comprando partidos políticos e o Congresso Nacional", se tornou um método petista de governar.

"O problema é o seguinte: a corrupção não começou com o PT, mas com o PT se transformou em método de governo. É uma coisa de louco. É uma desfaçatez."

Para o senador tucano, há um "total alheamento" por parte de Dilma sobre as denúncias.

E negou veemente que tivesse ocorrido compra de voto para a instauração da reeleição.

"Fernando Henrique é um dos grandes estadistas do Brasil", disse.

No final da sabatina, o vice na chapa de Aécio Neves utilizou o mesmo argumento do presidenciável tucano, ao falar da crença de que a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, não vai se reeleger neste pleito.

"Dilma Rousseff não será eleita nem aqui e nem na China."

Segurança

O candidato a vice de Aécio criticou a proposta da candidata petista de o governo federal assumir a responsabilidade sobre a política de segurança pública.

"O governo tem segurado os recursos para essa área num grau absurdo", disse, durante a série de Entrevistas Estadão, ressaltando que o governo federal precisa atuar "mais e melhor" na questão da segurança.

"O governo não está aplicando aquilo que ele pode aplicar. Tem o clássico problema do controle das fronteiras. E tem a questão também da legislação penal e da processual penal. Se o governo, que tem ampla maioria, não impulsiona, as coisas tendem a morrer. Não tem um projeto em discussão para rever isso. Então, cumpra primeiro suas atribuições antes de propor mudanças constitucionais", disse.

Questionado sobre seu projeto de lei que prevê penas mais duras a menores infratores e um outro projeto defendido pelo governador Geraldo Alckmin, que prevê penas ainda maiores, Aloysio disse que as duas propostas "não são incompatíveis".

"Isso pode ser questionado quanto à constitucionalidade", disse em referência a proposta de seu correligionário que prevê até 8 anos de detenção.

"Tem várias medidas previstas na lei que não são aplicadas por falta, sobretudo, de apoio local. A questão da privação de liberdade é um aspecto, mas não é o essencial", completou.

Maconha

Aloysio disse que, diferente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ele não defende a descriminalização da maconha. "Eu mudei de ponto de vista.

Diante do vulto que isso levou, tenho receio de adotar essa política", afirmou, lembrando que chegou a discursar no plenário a favor da política de drogas mais liberal.

Questionado se o fato de apenas FHC manifestar sua posição a favor da legalização e de outros líderes tucanos se colocarem contra a proposta poderia ser estratégia do partido para evitar um eventual desgaste eleitoral, Aloysio afirmou que em seu caso a opinião não é eleitoral, mas reconheceu que o tema precisa ser mais debatido no partido.

"No meu ponto de vista, a posição do PSDB não é eleitoral. Mas é um tema pouco discutido, ou não discutido suficientemente dentro do PSDB, é verdade", disse.

"Não tenho posição dogmática sobre isso. Não é porque sou candidato a vice, não, é porque não tenho convicção formada", completou.

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