Brasil

Rosa encaminha à PGR pedido de investigação de Bolsonaro por reunião com embaixadores

O envio da notícia-crime à PGR faz parte do trâmite do processo, pois cabe ao órgão requerer investigação nos processos de competência criminal no STF

Rosa: A petição, elaborada por deputados federais, afirma que Bolsonaro teria praticado crime contra o Estado Democrático de Direito, crime de responsabilidade, crime eleitoral e atos de improbidade administrativa ao fazer a reunião (Nelson Jr./SCO/STF/Flickr)

Rosa: A petição, elaborada por deputados federais, afirma que Bolsonaro teria praticado crime contra o Estado Democrático de Direito, crime de responsabilidade, crime eleitoral e atos de improbidade administrativa ao fazer a reunião (Nelson Jr./SCO/STF/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 14h57.

Última atualização em 9 de agosto de 2022 às 16h20.

A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma notícia-crime contra Jair Bolsonaro (PL) depois de o presidente da República reunir dezenas de embaixadores em Brasília e repetir, sem provas, ataques contra as urnas eletrônicas e o processo eleitoral. O envio da notícia-crime à PGR faz parte do trâmite do processo, pois cabe ao órgão requerer investigação nos processos de competência criminal no STF.

A petição, elaborada por deputados federais, afirma que Bolsonaro teria praticado crime contra o Estado Democrático de Direito, crime de responsabilidade, crime eleitoral e atos de improbidade administrativa ao fazer a reunião. "O que se viu foi claramente a prática de um dos chamados crimes de lesa-pátria ou de traição contra seu povo", afirmaram os deputados.

Os deputados argumentam na representação que o tema do encontro de Bolsonaro com os embaixadores foi um "despropositado e absolutamente infundado" ataque ao sistema eletrônico de votação.

Os autores da notícia-crime ainda pontuaram que o presidente da República, no exercício do cargo e com a utilização de recursos públicos, tenta abolir o Estado Democrático de Direito restringindo o exercício das atribuições constitucionais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os deputados denunciaram também que o presidente ameaçou usar as Forças Armadas para alcançar seus objetivos, em pronunciamento oficial divulgado nas redes de telecomunicações e na TV Brasil, rede pública de televisão. Todas essas ações, segundo os deputados, configuram crime contra as instituições democráticas, crime de responsabilidade e crime eleitoral, além de propaganda eleitoral antecipada e ato de improbidade administrativa.

Veja quem são os deputadas e deputados autores da notícia-crime:

  • - Afonso Bandeira Florence
  • - Alencar Santana Braga
  • - Andre Peixoto Figueiredo Lima
  • - Aurea Carolina de Freitas e Silva
  • - Carlos Eduardo Moreira
  • - Fernanda Melchionna e Silva
  • - Glauber de Medeiros Braga
  • - Henrique Fontana Junior
  • - Ivan Valente
  • - João Carlos Bacelar Batista
  • - Joenia Batista de Carvalho
  • - Luiz Paulo Teixeira Ferreira
  • - Luiza Erundina
  • - Maria Perpetua de Almeida
  • - Reginaldo Lazaro de Oliveira Lopes
  • - Renildo Vasconcelos Calheiros
  • - Sâmia de Souza Bonfim
  • - Taliria Petrone Soares
  • - Ubirajara do Pindare Almeida Sousa
  • - Viviane da Costa Reis
  • - Wolney Queiroz Maciel

LEIA TAMBÉM:

André Mendonça preside Segunda Turma do Supremo pela primeira vez

Acompanhe tudo sobre:Jair BolsonaroPGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaRosa WeberSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil

Justiça Eleitoral condena Marçal por abuso de poder e o declara inelegível

Alexandre de Moraes determina suspensão do Rumble no Brasil

ViaMobilidade investirá R$ 1 bilhão nas linhas 8 e 9 para reduzir intervalos e reformar estações