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Rondônia prepara plano contra doenças causadas por enchentes

Inundações potencializam a ocorrência de doenças infecciosas transmitidas pela água, pelos alimentos contaminados e pelos insetos vetores e animais peçonhentos


	Cheia do Rio Madeira, em Rondônia: doenças são causadas pela inundação das águas do Rio Madeira. Nível do rio está em 19,59 m, mas chegou a alcançar 19,70 m, a máxima histórica
 (Odair Leal/Reuters)

Cheia do Rio Madeira, em Rondônia: doenças são causadas pela inundação das águas do Rio Madeira. Nível do rio está em 19,59 m, mas chegou a alcançar 19,70 m, a máxima histórica (Odair Leal/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 15h29.

Brasília - A Secretaria de Saúde de Rondônia (Sesau) está elaborando um plano de ação para combate às doenças causadas pela inundação das águas do Rio Madeira. O nível do rio está hoje (4) em 19,59 metros, mas chegou a alcançar 19,70 metros, a máxima histórica.

As enchentes potencializam a ocorrência de doenças infecciosas transmitidas pela água, pelos alimentos contaminados e pelos insetos vetores e animais peçonhentos, que nesse período abandonam as áreas alagadas em busca de refúgio.

Em fevereiro, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) emitiu alerta aos sistemas de saúde para que monitorassem os casos de leptospirose, cólera, febre tifóide, hepatite A, dengue, malária, acidentes com animais peçonhentos, afogamentos, intoxicações e doenças diarreicas agudas, causadas por bactérias, vírus e parasitas.

Segundo a diretora-executiva da Agevisa, Tânia Medeiros de Castro Souza, a Sesau tem um comitê para a enchente que faz reuniões com os médicos e agentes de saúde, orientando-os sobre os procedimentos adotados pela secretaria e também entregando material impresso informativo que é distribuído para a população.

“Hoje o nosso comitê está reunido, também com os médicos de fronteira, com a participação do Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública], para traçar esse plano. E na terça-feira [8], junto com a Seduc [Secretaria de Educação] vamos montar uma palestra para apresentar à população nos abrigos”, disse Tânia. Ela informou que, segunda-feira (7), uma equipe do Ministério da Saúde chega ao estado para ajudar na elaboração do plano.

Segundo a Sesau, foram confirmados 49 casos de leptospirose em todo estado, entre janeiro e março deste ano. Dois casos de suspeita de cólera em Jaci-Paraná, distrito da capital do estado, ainda estão sendo investigados.

Os médicos da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), que estavam Rondônia para prevenir o surgimento de epidemias, deixaram o estado na última segunda-feira (31). O relatório sobre o trabalho dos médicos será apresentado na reunião do comitê de enchente da Sesau.

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