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Ronaldo defende Copa no Brasil e ataca políticos

O ex-jogador pediu que a população manifeste a sua indignação nas urnas, e não durante o Mundial


	O ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno:  "O povo está traumatizado com os corruptos. Está todo mundo revoltado e eu também estou"
 (Mike Hewitt/Getty Images)

O ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno:  "O povo está traumatizado com os corruptos. Está todo mundo revoltado e eu também estou" (Mike Hewitt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 15h47.

São Paulo - Ao defender a realização da Copa do Mundo no Brasil durante fórum de gestão esportiva realizado nesta sexta-feira, Ronaldo Fenômeno aproveitou para bater forte nos políticos. "O povo está traumatizado com os corruptos. Está todo mundo revoltado e eu também estou", disse.

Membro do Comitê Organizador Local (COL), o ex-jogador explicou a sua função no órgão e pediu que a população manifeste a sua indignação nas urnas, e não durante o Mundial.

"Sou completamente contra superfaturamento, mas não sou eu quem faz auditoria e assina contrato. O que espero é que a população cobre cada vez mais. Estão chegando as eleições de outubro. Está todo mundo descontente, mas tem de escolher bem o seu candidato e votar com consciência. As manifestações foram um aviso de que a população está de saco cheio", disse.

Segundo Ronaldo, ainda há confusão entre as pessoas sobre o legado que o Mundial deixará ao Brasil e a expectativa criada pela população foi muito maior do que a realidade.

"As pessoas começaram a imaginar a Copa do Mundo como a salvação de todos os problemas do nosso país. Achavam que a Copa ia fazer com que tivéssemos uma saúde de qualidade e educação digna. A Copa não vai resolver esses problemas, mas vai trazer centenas de milhares de oportunidades e empregos e novos estádios."

O ex-jogador também voltou a explicar a sua declaração, dada em 2011, de que "Copa não se faz com hospitais".


O Fenômeno, que foi muito criticado pelo comentário e virou alvo de manifestantes, disse que não há relação entre a realização do Mundial e melhorias na saúde e que as duas coisas são distintas.

"Não foi desviado dinheiro da saúde para a Copa do Mundo. O projeto do Mundial é de 2007 e a verba já estava separada. O Brasil é um país muito rico e tem dinheiro para fazer tudo", explicou.

Como exemplo do legado da Copa do Mundo, Ronaldo citou Cuiabá. O Fenômeno esteve na capital de Mato Grosso na quarta-feira junto com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, para vistoriar a Arena Pantanal e ficou impressionado com a obras na cidade.

"Lá não era feita qualquer intervenção de mobilidade urbana havia 40 anos. A Copa do Mundo veio e a cidade tem hoje mais de 70 intervenções urbanas. Se não fosse a Copa, Cuiabá iria continuar do mesmo jeito sei lá por mais quanto tempo. Quem ia fazer alguma coisa naquele lugar?"

Ronaldo também saiu em defesa da Fifa. "Falam que a Fifa está tendo lucro, mas qual é a empresa que não quer ter lucro? Todo mundo quer ganhar dinheiro. O que não pode é ter superfaturamento e desvio de dinheiro."

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