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Rompimento de barragem foi crime ambiental, diz presidente de fórum

Marcus Vinícius Polignano informou que está sendo criado um gabinete de crise da sociedade civil para acompanhar os desdobramentos em Brumadinho

Brumadinho: rompimento da barragem não deve ser classificado como tragédia, mas como um dos maiores crimes ambientais já registrados, diz presidente de fórum (Isac Nobrega/Reuters)

Brumadinho: rompimento da barragem não deve ser classificado como tragédia, mas como um dos maiores crimes ambientais já registrados, diz presidente de fórum (Isac Nobrega/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 12h18.

O presidente do Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas, Marcus Vinícius Polignano, disse hoje (30) que o rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), não deve ser classificado como tragédia, mas como um dos maiores crimes ambientais já registrados no estado.

"Queremos dizer aqui da responsabilidade de todos: empresa, estado, poder político. Depois de três anos [desde o rompimento de outra barragem, em Mariana], estamos aqui falando o mesmo do mesmo, ouvindo declarações quase que as mesmas, para dizer de uma situação em que estamos enterrando rios e pessoas. Isso é inadmissível, que continuemos a fazer esse tipo de política pública."

Durante coletiva de imprensa, Polignano informou que está sendo criado, junto ao Fórum Nacional do Comitê de Bacias Hidrográficas e ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, um gabinete de crise da sociedade civil para acompanhar os desdobramentos em Brumadinho. Ele reforçou que não há qualquer empreendimento econômico que justifique "a perda da vida, da biodiversidade, da cultura e da esperança".

"Mais do que declarações, precisamos efetivamente que os poderes públicos, do nível estadual e federal, tomem definitivamente atitudes, porque não aguentamos mais enterrar mortos, enterrar feridos, enterrar biodiversidade, enterrar rios", concluiu.

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