Brasil

Romário admite conta na Suíça e diz que não sabe se a fechou

Assunto voltou à tona depois que Romário foi citado no áudio que embasou a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT) na última quarta-feira.

O deputado federal Romário em audiência pública na Câmara (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

O deputado federal Romário em audiência pública na Câmara (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 16h40.

São Paulo - Em entrevista ao jornal O Globo nesta sexta-feira, o senador Romário Faria (PSB) admite que já teve uma conta no banco suíço BSI no período em que atuou para times europeus, mas que não se lembra se a fechou. 

A afirmação contraria a versão apontada pelo próprio senador alguns dias após publicação de reportagem da revista Veja sobre suposta conta do ex-jogador na Suíça.

Na ocasião, Romário sustentou que nunca teve qualquer vínculo com a instituição financeira, que pertence ao banqueiro André Esteves preso nesta quarta por suposto envolvimento em esquema para obstruir investigações da Lava Jato.

Hoje, no entanto, ele contou outra história.

“Quando jogava na Europa, tive conta no BSI, só não sei o ano”, afirmou ao jornal O Globo. Questionado se a conta tinha sido fechada, o senador se reservou a dizer que não se lembrava. “Mas, se tem conta no banco e não movimenta, acho que fecha automaticamente”, disse.

O assunto voltou à tona depois que Romário foi citado no áudio que embasou a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT) na última quarta-feira.

Na gravação feita por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, Delcídio menciona um suposto acordo entre Romário e Eduardo Paes (PMDB) para apoio na candidatura de Pedro Paulo Carvalho à prefeitura do Rio de Janeiro. Quando questionado se Romário de fato tinha contas correntes na Europa, Delcídio responde que "em função disso fizeram acordo".

Na manhã de hoje, o senador protocolou um ofício pedindo ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que provoque a abertura de investigação do Ministério Público da Suíça sobre supostas contas bancárias atribuídas a ele no exterior.

Acompanhe tudo sobre:Delcídio do AmaralEuropaOperação Lava JatoPaíses ricosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosRomárioSuíça

Mais de Brasil

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi