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Rolls-Royce é investigada na Lava Jato, diz The Guardian

Segundo informações do jornal The Guardian, a empresa está colaborando com as investigações do esquema de corrupção na Petrobras


	Plataforma da Petrobras: Segundo The Guardian, Rolls-Royce está colaborando com as investigações da Lava Jato
 (Germano Lüders/EXAME)

Plataforma da Petrobras: Segundo The Guardian, Rolls-Royce está colaborando com as investigações da Lava Jato (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2015 às 17h19.

São Paulo - De acordo com informações do jorna grupo britânico Rolls-Royce confirmou que está cooperando com as investigações da Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção da Petrobras.

A empresa disse que passou a colaborar após ser questionada sobre sua relação com Júlio Faermann, executivo envolvido nos escândalos. 

A Rolls-Royce atua nos setores de aviação civil e militar e fabrica turbinas de gás para plataformas de petróleo. Ela se desmembrou da fabricante de veículos Rolls-Royce Motor Cars na década de 70.

Um porta-voz da empresa fez a seguinte declaração acerca da operação: "Estamos cooperando com as autoridades responsáveis pelas investigações no Brasil, mas não podemos comentar nada mais sobre uma investigação que está em andamento".

A empresa foi citada na Lava Jato pela primeira vez em fevereiro, quando um ex-executivo da Petrobras disse que os contratos da Rolls-Royce poderiam ter envolvido pagamentos de propinas.

Junto à General Eletric, a Rolls-Royce Plc havia sido escolhida para a fabricação de peças para sete navios-sonda encomendados pela fornecedora de plataformas da Petrobras, a Sete Brasil Participações SA.

Segundo o The Guardian, agora a empresa é questionada sobre sua relação com Júlio Faermann, um influente executivo brasileiro que supostamente pagou propinas a oficiais do governo e executivos da área de petróleo e gás em nome de empresas que contratam serviços da Petrobras, como a empresa holandesa SBM Offshore.

Documentos aos quais o jornal teve acesso mostram que, em abril de 2012, esse executivo alegou que sua empresa representava a Rolls-Royce no Brasil. Meses mais tarde, a empresa ganhou um contrato de 100 milhões de libras para fornecer turbinas de energia para plataformas de petróleo da Petrobras. 

As investigações se aprofundaram depois que Julio Faermann assinou um acordo de delação premiada.

Promotores holandeses descobriram no ano passado que Faerman tinha feito pagamentos por meio de empresas offshore para funcionários do governo brasileiro. Faerman alegou ter amplos contatos na Petrobras e acesso a informações confidenciais sobre a empresa.

A Rolls-Royce tem sido investigada no Reino Unido desde dezembro 2013, depois que autoridades começaram a avaliar acusações de suborno da empresa na Indonésia e na China. 

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