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Rogério Marinho deve ser confirmado como líder da oposição no Senado

Recém-eleito, parlamentar deverá comandar bloco que réune 23 integrantes

Rogério-Marinho (Adriano Machado/Reuters)

Rogério-Marinho (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 7 de fevereiro de 2023 às 07h26.

Derrotado na eleição do Senado, o senador Rogério Marinho (PL-RN) deve ser confirmado nesta terça-feira como líder da oposição na Casa em reunião entre os representantes de PL, PP e Republicanos, partidos que compõem o Centrão e formavam a base de apoio da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Juntas, as três siglas têm 23 senadores e, ao menos no primeiro momento, deverão fazer oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Na disputa pelo comando do Senado na semana passada, Marinho teve 32 votos contra 49 do presidente reeleito, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O resultado, embora adverso, deu destaque ao senador potiguar.

Estreante na Casa, ele é tido por aliados como um político habilidoso e capaz de dialogar com colegas das mais variadas matizes. Na reta final da corrida pela presidência, Marinho virou votos e chegou a preocupar os auxiliares de Lula, que apoiou a candidatura de Pacheco.

Quem é Rogério Marinho?

Ex-ministro do Desenvolvimento de Bolsonaro, Marinho passou a ser considerado a opção mais viável para tentar organizar a oposição. Ele deve assumir a liderança do grupo no momento em que o Palácio do Planalto ainda tenta aferir o real tamanho da base de Lula no Senado. Integrantes do governo avaliam que os votos dados a Marinho não refletem a dimensão dos opositores de Lula nas votações.

Marinho também foi deputado federal e se licenciou para assumir o posto de secretário especial do Ministério da Economia, quando esteve à frente da articulação para a aprovação da Reforma da Previdência, 2019, primeiro ano de mandato de Bolsonaro. Depois, foi escolhido ministro e seguiu com bom trânsito no Congresso.

Sua pasta era uma das que mais distribuíram recursos do Orçamento Secreto, o instrumento por meio do qual deputados e senadores destinavam verbas da União a seus redutos sem serem identificados

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