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Roger Abdelmassih recebe tornozeleira eletrônica

O ex-médico, condenado a 181 anos de prisão por estuprar pacientes, recebeu o benefício da prisão domiciliar em razão de sua saúde debilitada

Roger Abdelmassih: o ex-médico cumpre pena desde 2014, quando foi capturado em Assunção, no Paraguai (Secretaria Nacional De Antidrogas do Paraguai/Reprodução)

Roger Abdelmassih: o ex-médico cumpre pena desde 2014, quando foi capturado em Assunção, no Paraguai (Secretaria Nacional De Antidrogas do Paraguai/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de junho de 2017 às 20h07.

Sorocaba - O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão por estuprar pacientes em sua clínica de reprodução humana, está usando tornozeleira eletrônica desde a manhã desta quinta-feira, 22.

O uso do equipamento foi determinado pela juíza Sueli Zeirak de Oliveira Armani, após conceder o benefício da prisão domiciliar ao detento, em razão da saúde debilitada.

A transferência do paciente do Hospital São Lucas, em Taubaté, onde ele está internado desde o dia 18 de maio, para tratamento domiciliar, ainda depende de autorização médica.

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a tornozeleira foi instalada por volta das 10h15, no próprio hospital. Também foi retirada a escolta destacada para a vigilância do condenado.

"Ressalvamos que, por decisão judicial, o preso foi beneficiado com prisão domiciliar em conjunto com monitoramento eletrônico, o que foi devidamente atendido pela pasta", informou a SAP em nota.

Abdelmassih está acometido de broncopneumonia e os médicos devem decidir na sexta-feira, 23, sobre a transferência para outro hospital ou para tratamento em casa. A assessoria do hospital não deu informações sobre o estado de saúde do ex-médico.

A decisão da juíza da Vara de Execuções Criminais levou em conta a saúde debilitada do paciente, que necessita de cuidados ininterruptos, e a falta de condições da penitenciária de Tremembé e do Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário para atender Abdelmassih.

Na decisão, a juíza determina que o cumprimento domiciliar da pena se dará até que o quadro clínico apresente estabilidade e permita seu retorno à unidade prisional.

Ele também volta à prisão se a penitenciária passar a reunir condições de prestar a assistência de que necessita.

A juíza determinou a emissão periódica de relatórios médicos sobre a situação do preso à Justiça.

A defesa do ex-médico informou que não ser manifestaria sobre a decisão judicial.

Abdelmassih cumpre pena desde 2014, quando voltou ao Brasil após ser capturado em Assunção, no Paraguai, para onde havia fugido.

Em 2010, ele foi condenado a 278 anos de prisão pelos estupros de pacientes cometidos entre 1995 e 2008, mas conseguiu o direito de recorrer em liberdade por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.

No ano seguinte, o médico teve seu registro profissional cassado. Sua pena foi reduzida para 181 anos de reclusão em 2014.

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