Janot ofereceu denúncias contra dezenas de políticos (Adriano Machado/Reuters)
João Pedro Caleiro
Publicado em 27 de outubro de 2018 às 21h32.
Última atualização em 27 de outubro de 2018 às 22h05.
São Paulo - Rodrigo Janot, ex-Procurador Geral da República entre 2013 e 2017, manifestou apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições presidenciais contra Jair Bolsonaro (PSL).
Em mensagem no Twitter, Janot disse que seu voto era por "exclusão" pois não pode "deixar passar barato" discurso de intolerância.
À frente da PGR, Janot foi uma das principais frentes da Operação Lava Jato, oferecendo denúncias contra quatro ex-presidentes e 93 parlamentares (63 deputados federais e 30 senadores).
Ele também apresentou ao Supremo Tribunal Federal duas denúncias contra o presidente Michel Temer por organização criminosa, corrupção passiva e obstrução de Justiça; as duas acusações foram barradas pela Câmara dos Deputados.
Janot elogiou o voto de Luís Roberto Barroso pela impugnação da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também defende a regra de prisão após condenação em segunda instância.
A manifestação de Janot vem algumas horas após o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, que relatou o caso do mensalão na Corte, também declarar voto em Haddad.
Veja a mensagem de Janot:
Já fui chamado de petista e antipetista. Já fui psdebista e anti tbem. Houve muita especulação sobre meu interesse eleitoreiro na minha atuação profissional. Nada se comprovou. Agora, não posso deixar passar barato discurso de intolerância e etc. Por exclusão, voto em Hadad.
— Rodrigo Janot (@Rodrigo_Janot) 27 de outubro de 2018