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Rodrigo Janot diz que chegou a ir armado ao STF para matar Gilmar Mendes

O ex-procurador-geral da República revelou detalhes de seu embate com Gilmar Mendes em entrevistas a VEJA e ao jornal O Estado de S. Paulo

Rodrigo Janot sobre Gilmar Mendes: "Ia matar ele e depois me suicidar" (Adriano Machado/Reuters)

Rodrigo Janot sobre Gilmar Mendes: "Ia matar ele e depois me suicidar" (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2019 às 23h29.

Última atualização em 27 de setembro de 2019 às 09h43.

São Paulo — Um dos episódios mais tensos da história recente do Brasil foi revelado hoje pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

Em entrevistas a VEJA e ao jornal O Estado de S. Paulo ele contou que, em 2017, sua relação com Gilmar Mendes tornou-se tão conflituosa que ele chegou a ir armado ao Supremo Tribunal Federal para matar o ministro.

“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar”, disse Janot ao Estadão. O conflito atingiu a temperatura máxima quando Janot tentou impedir Gilmar de atuar num processo envolvendo o empresário Eike Batista.

Janot alegou que Gilmar estava impedido de julgar o caso porque sua esposa, Guiomar Mendes, trabalhava no escritório de advocacia que defendia Eike.

Em seguida, surgiram notícias que acusavam a filha de Janot de ser advogada de empresas envolvidas na Lava-Jato. O ex-procurador-geral acusa Gilmar de ter inventado essa história.

O fato o teria deixado tão abalado que ele planejou matar Gilmar em pleno STF. Os dois chegaram a se encontrar na antessala do Tribunal. Janot diz que foi “a mão de Deus” que o impediu de puxar o gatilho.

O ex-procurador-geral da República conta parte dessa história no livro Nada Menos que Tudo, dos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin, que será lançado na próxima semana pela editora Planeta.

Além disso, o episódio é tema da reportagem de capa da revista VEJA desta semana.

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