Flávio Rocha: "O fantasma que nos assombra que nos ameaça, com o retrocesso que pode acontecer, é o marxismo cultural, é a lógica de bagunçar para dominar" (Flávio Rocha/Facebook/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de abril de 2018 às 20h58.
Possível candidato do PRB à Presidência da República, o empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, afirmou nesta segunda-feira, 9, que o debate que vai influenciar o voto do eleitor brasileiro, mais do que o econômico, será o de costumes da sociedade.
"O que toca no fundo o eleitor, o que será o grande 'driver' do voto é uma contraposição enérgica e indignada contra a erosão dos nossos valores mais caros", afirmou. Para ele, o debate econômico é menos relevante porque as ideias da esquerda nesse tema "estão falidas e enterradas a mil metros de profundidade".
Para ele, é preciso apresentar um "projeto de indignação", para questionar a "inversão de valores". "O fantasma que nos assombra que nos ameaça, com o retrocesso que pode acontecer, é o marxismo cultural, é a lógica de bagunçar para dominar", afirmou. Como exemplo de inversão de valores, Rocha citou a "vitimização do bandido".
Rocha participa de um debate em Porto Alegre com outros cinco pré-candidatos: Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB). Jair Bolsonaro, pré-candidato pelo PSL, também foi convidado, mas recusou. O debate ocorre em um evento chamado Fórum da Liberdade e é promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais, organização de cunho liberal.
Em uma sessão do debate destinada a perguntas, Rocha chegou a elogiar Bolsonaro, dizendo que ele merece os parabéns por levantar o risco ao que ele chama de valores tradicionais. "Merece nosso respeito, porque teve a coragem de tocar em temas espinhosos", disse. Ele também criticou os privilégios do Estado. "O Estado está se afastando do seu propósito de servir".