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Roberto Jefferson manifesta apoio do PTB ao governo Temer

Jefferson fez críticas ao inquérito aberto no STF para investigar o presidente e afirmou que o Brasil recuaria "20 anos" se ele deixasse o poder

Temer: "Quem ouviu aquela gravação sabe que a prova é imprestável", disse o presidente do PTB (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: "Quem ouviu aquela gravação sabe que a prova é imprestável", disse o presidente do PTB (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de junho de 2017 às 21h39.

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, disse hoje (7) que o partido vai ficar ao lado do presidente Michel Temer e vai trabalhar para recusar uma eventual denúncia contra ele oferecida pela Procuradoria-Geral da República.

"Viemos dizer ao presidente do apoio do Partido Trabalhista Brasileiro a ele, à gestão que vem fazendo, à instituição presidente da República e à pessoa do presidente Michel Temer", afirmou o presidente da legenda, após participar de reunião com Temer que durou mais de duas horas.

Roberto Jefferson fez críticas ao inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o presidente e afirmou que o Brasil recuaria "20 anos" se ele deixasse o poder.

"Seria inoportuno [o Tribunal Superior Eleitoral cassar a chapa Dilma-Temer]. Nós vamos jogar o Brasil para trás 20 anos se isso acontecer. Uma crise gravíssima. Se isso acontece, haveria recursos e embargos ao plenário do TSE e do STF. É um ano de luta, e o país anda para trás. É muito ruim, tomara que não venha uma decisão neste sentido", disse, questionado sobre o julgamento da ação que pede a cassação da chapa vencedora das eleições presidenciais de 2014.

Um senador e 15 deputados petebistas participaram do encontro, no Palácio do Planalto, assim como o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que também é do partido. Segundo ele, "uma parte" do Ministério Público Federal tem atuado de maneira "extremamente açodada".

"Quem ouviu aquela gravação sabe que a prova é imprestável. Ela não foi periciada até hoje. Tem aberto um inquérito contra o presidente da República sem a perícia de uma prova que foi obtida por meio ilegal e tem 70 edições", disse, em referência à conversa de Michel Temer com o dono do Grupo JBS, Joesley Batista, um dos motivos apresentados pelo MPF ao Supremo Tribunal Federal para o início das investigações.

Sobre o eventual oferecimento de denúncia contra o presidente pela Procuradoria-Geral da República, o que precisaria ser aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados, Jefferson disse que o PTB "votará contra essa denúncia".

Apesar do apoio, Roberto Jefferson disse que o PTB não deve fechar questão sobre o assunto, que é quando a sigla aplica punições a infidelidades de deputados e senadores ao que é proposto pelo partido.

 

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