Brasil

Roberto Freire diz que PPS vai continuar apoiando o governo

O deputado Roberto Freire justificou a saída do ministério da Cultura pelo fato de Temer não ter renunciado como foi sugerido pelo PPS

Roberto Freire: "Não nos afastamos e nem rompemos com o governo" (Luis Macedo/Agência Câmara)

Roberto Freire: "Não nos afastamos e nem rompemos com o governo" (Luis Macedo/Agência Câmara)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de maio de 2017 às 21h16.

Após deixar o Ministério da Cultura, o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) reassumiu hoje (19) a presidência nacional do PPS e reafirmou que seu partido vai continuar apoiando o governo do presidente Temer e as reformas da Previdência e trabalhista, ambas propostas pelo Executivo.

Ele justificou a saída do ministério pelo fato de Temer não ter renunciado como foi sugerido pelo PPS. Segundo ele, o partido nunca se furtou em votar as reformas "que representam avanços para o país".

"O partido continua na sua luta pelas reformas que signifiquem avanços e garantam um melhor desempenho do próprio governo e da nossa economia. Nesse sentido, o partido continua firme apoiando as reformas desse governo de transição que também possui o nosso apoio", disse Freire.

Sobre sua saída do ministério, Freire disse que a decisão foi inevitável.

"É bom que o PPS compreenda que eu, por divergência na condução do processo, inclusive em função da crise desses últimos dias por conta do processo de delação que atingiu a figura do presidente da República, não tive alternativa. O afastamento [do Ministério da Cultura] se impunha".

Ontem (18), o presidente em exercício do partido, Davi Zaia, divulgou nota afirmando que a legenda havia deixado a base aliada do governo.

Na nota, o partido disse que, diante da delação premiada "de sócios da JBS envolvendo o presidente Michel Temer e da gravidade da denúncia", decidiu deixar o governo federal.

No vídeo divulgado nesta sexta-feira, Freire disse que o PPS não rompeu com o governo e que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que é da legenda, vai continuar a frente da pasta.

"Não nos afastamos e nem rompemos com o governo", disse.

"O partido admitiu a presença e continuidade do ministro da Defesa em função de ser uma área sensível. Dito isso fica esclarecido toda a nossa posição: continuamos sendo o partido das reformas apoiando a da Previdência, trabalhista e todas aquelas propostas pelo governo de transição para preparar o Brasil para 2018".

Reforma da Previdência

O texto da reforma da Previdência aguarda a votação no Plenário da Câmara. O relator da proposta, Arthur Maia (BA) é do PPS.

Diante da crise envolvendo o governo, Maia disse que "não há espaço" para avançar no tema.

"Certamente, não há espaço para avançarmos com a reforma da Previdência no Congresso Nacional nessas circunstâncias", diz Maia.

"É hora de arrumar a casa, esclarecer os fatos obscuros, responder com verdade a todas as dúvidas do povo brasileiro, punindo quem quer que seja, mostrando que vivemos em um país em que a lei vale para todos."

 

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosDelação premiadaGoverno TemerJBSMichel TemerOperação Lava JatoReforma da Previdência

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas